9? Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga

9? Festival Internacional
de M?sica Colonial Brasileira
e M?sica Antiga

N?o se importando com a noite fria deste ?ltimo s?bado, dia 11, fam?lias, casais de namorados, idosos, jovens, crian?as, enfim, um p?blico bastante ecl?tico compareceu ao Theatro Central, na abertura do 9? Festival de M?sica Antiga. No palco, a Orquestra de C?mara da Universidade Estadual de S?o Paulo (Unesp), sob reg?ncia do maestro Ayrton Pinto.

A noite p?de mesmo figurar como uma ponte de liga??o entre o per?odo barroco e o s?culo XX. M?sica e cen?rio pareciam transportar a plat?ia para um tempo em que a obra de arte era irreprodut?vel e a era eletro-eletr?nica n?o passava de previs?o de bruxos. A reprodu??o n?o foi de fato poss?vel, j? que a casa n?o permite flashes, por danificarem a pintura. Como que hipnotizado, o p?blico se via entre anjos esculpidos nas paredes e violinos embalando a noite com pe?as de Vivaldi, Grieg e Tschaikowsky.

A Orquestra da Unesp fez em Juiz de Fora sua primeira apresenta??o fora de S?o Paulo. Criado em 1990, o grupo j? realizou in?meros concertos, com uma programa??o que vai desde o Barroco at? o s?culo XX, incluindo compositores brasileiros. O maestro ? formado pelo Conservat?rio Brasilleiro de M?sica e pelo New England Conservatory of Music de Boston, EUA. No Central, os calorosos aplausos da plat?ia foram agradecidos com bis de Mozart, Vila Lobos e, por ?ltimo, um inusitado som tocado diretamente com as m?os.

A Segunda apresenta??o do Festival Internacional de M?sica Colonial Brasileira e M?sica Antiga aconteceu no dia 12, tamb?m no Theatro Central, com o Madrigal Renascentista, de Belo Horizonte. O Festival, que vai at? o dia 26 de julho, trouxe este ano participantes de v?rios estados brasileiros e de outros seis pa?ses. Os recitais s?o gratuitos, entretanto, ? preciso adquirir convites com anteced?ncia para as apresenta?es no Teatro Pr?-M?sica.

Festival atrai mais de mil artistas a Juiz de Fora

Com a apresenta??o de abertura, no dia 11, da Orquestra de C?mara da Unesp, Juiz de Fora est? sendo, pela nona vez, palco do Festival Internacional de M?sica Colonial Brasileira e M?sica Antiga. Entre os dias 11 e 26 de julho, teatros, igrejas, centros culturais, shoppings centers, ag?ncias banc?rias e ruas da cidade passam a ter apresenta?es di?rias com grandes nomes da m?sica cl?ssica nacional e internacional. A organiza??o ? do Centro Cultural Pr?-M?sica. Evento de destaque no calend?rio nacional de m?sica erudita, o Festival re?ne mais de 1000 artistas, entre professores, estudantes e concertistas. Pr?ximo ?s comemora?es dos 500 anos do pa?s, o trabalho refor?a o resgate da mem?ria musical do Brasil Col?nia.

A programa??o de concertos inclui tamb?m atra?es como o grupo noruegu?s Kalenda Maya, especializado em m?sica medieval, que se apresenta no dia 16, ?s 20h, no Teatro Pr?-M?sica. O teatro do Centro Cultural Pr?-M?sica recebe tamb?m o concerto c?nico do Conjunto Roberto de Regina, dia 17, ?s apresenta?es do grupo Anima, de Campinas, dia 20, e do quarteto Puttanesca Ensemble, formado por ingleses e brasileiros em Londres, dia 22. A Orquestra Sinf?nica Petrobr?s, Ole B?hn, Simone Leit?o, Elisa Fukuda, Vera Astrachan, Camena e Coral BDMG s?o outros destaques da programa??o, que encerra no dia 26 com a apresenta??o da Orquestra de C?mara Stravinskij, da It?lia, no Cine-Theatro Central.

Dentro da programa??o cultural paralela, alunos do Festival, grupos locais e de outras cidades v?o dividir palcos improvisados em frente ao Cine-Theatro Central, na Rua S?o Jo?o, Banco do Brasil, Banespa, Caixa, Mister Shopping e Santa Cruz Shopping. Entre as atra?es est?o L?dica M?sica, Orquestra de Jazz Pr?-M?sica, Coro Municipal, T?nia Bicalho, Quarteto Pr?-M?sica, Grupo Chorinho e Camerata de Viol?es de Pirassununga. Na galeria Renato de Almeida, no Pr?-M?sica, o p?blico vai poder conferir a mostra de artes pl?sticas "O Barroco".

Durante a realiza??o do Festival, acontece o III Encontro de Musicologia Hist?rica, entre os dias 18 e 20 de julho. Com o tema "Estil?stica Musical Comparada", o encontro privilegia uma troca de conhecimentos e informa?es sobre a M?sica Colonial. Nas palestras, semin?rios e confer?ncias, pretende-se incentivar o estudo semiol?gico ligado ? m?sica.

Compreender e resgatar a hist?ria da M?sica Colonial Brasileira ? o principal objetivo do Festival. Durante as duas semanas do evento, s?o transmitidos os conhecimentos sobre os mestres, as escolas, as influ?ncias recebidas, as dificuldades na preserva??o e na divulga??o .

Os participantes t?m aulas te?ricas e cursos voltados para a pr?tica do ensino de instrumentos modernos e antigos, al?m de oficinas de orquestras. Obras rec?m-restauradas e in?ditas s?o trabalhadas durante as aulas e apresentadas em audi?es p?blicas. Os instrumentos barrocos costumam ser a grande atra??o nos cursos, em que os alunos aprendem a tocar fagote, ala?de, cravo, traverso, viola da gamba, violino e violoncelo barrocos.

O trabalho vai resultar na grava??o do VII CD. Os melhores alunos ser?o selecionados nas oficinas de orquestra para participarem. Eles v?o gravar "Matinas para a Assunp??o de Nossa Senhora", de autor an?nimo. A Orquestra de C?mara e o Coral Pr?-M?sica gravam "Ladainha em F?", de J.J. Emerico Lobo de Mesquita.