Conhe?a hist?rias de quem gosta de fugir da folia e aproveite para descolar dicas de lugares para passar o carnaval longe da agita??o
Rep?rter: Fernanda Leonel
Edi??o: Ludmila Gusman
Designer: L?via Mattos
O levantamento, divulgado na primeira quinzena de fevereiro, aponta que 57% dos brasileiros n?o se importam com a festa do Rei Momo. A mesma pesquisa mostra que apenas 21% pretendem viajar ou brincar nos clubes e ruas da cidade. Praticamente a metade do pa?s (49%) quer mesmo ? descansar em casa neste carnaval. Outros 6% querem viajar - mas novamente, para repousar.
Todos os dados da pesquisa podem parecer contradit?rios para quem pretende se esbaldar durante a folia, mas extremamente normais para pessoas como Rodrigo Costa (foto).
O engenheiro civil, de 25 anos, afirma n?o que n?o ? um f? da data e que n?o se importaria de passar os quatro dias de festa longe das tradicionais "farras" do per?odo.
"N?o que eu n?o goste de festas ou de uma cervejinha", como faz quest?o de frisar Rodrigo; "mas n?o me importo de deixar essa comemora??o para depois", afirma. Nos ?ltimos dois anos, ele ficou longe da agita??o do carnaval: em casa descansando em um ano, e na fazenda com a m?e em outro.
A programa??o para 2006 ainda n?o est? acertada, mas parece estar longe das badala?es. Com a namorada Michelli Souza (foto) trabalhando e a not?cia que ele estaria de folga h? apenas 20 dias, o engenheiro ainda n?o se programou. "Passaria os quatro dias trabalhando com a maior naturalidade", complementa Rodrigo, justificando que carnaval realmente n?o ? seu ponto forte.
Marco Ant?nio Fassheber (foto) tamb?m n?o vai passar o carnaval na folia. O estudante de filosofia, que ? admirador do que a cultura do carnaval representa, diz-se decepcionado com o que a festa mais famosa da tradi??o popular brasileira tem se tornado. "Estamos perdendo o verdadeiro sentido do carnaval, que ? a alegria e a festa. A comemora??o passou a cada um n?o se dar mais um limite a si mesmo", explica.
Fassheber se enquadra no grupo dos 6% de brasileiros, que escapam da "bagun?a", mas que tamb?m n?o querem ficar em casa.
Nessa ?poca do ano, ele sempre viaja para algum lugar, seja ele para descansar ou para adquirir novos conhecimentos (o estudante j? passou um carnaval realizando um est?gio de viv?ncia, com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST - no sul do estado)
A falta de limite acentuada por Marco Ant?nio tamb?m ? uma das justificativas encontradas para a estudante de publicidade Cristiane Fonseca (foto) para o "n?o-amor" ao carnaval. Ela vai passar a folia de 2006 na praia, longe da "bagun?a", como ela mesmo destaca. Cristiane afirma que o sentido da festa est? mudando e que "esse novo jeito de pular carnaval" n?o lhe agrada mais.
"N?o gosto de muvuca, n?o gosto de cara que bebe e n?o respeita os outros, n?o gosto de funk e nem de ax?". Assim ela define as novas caracter?sticas de grande parte da folia no Brasil. A estudante n?o acredita que os carnavais tradicionais com marchinhas e festas em clubes voltem, mas acha que esse poderia ser um bom motivo para que ela voltasse a comemorar a data.
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