Luiz Henrique Duarte 22/05/2015 Aprenda a usar Cobogós como divisórias de ambientes na decoração
A moda no mundo da arquitetura e do design acompanha as referências que foram ícones em outras décadas. O "cobogó" é um elemento vazado, criado através dos engenheiros idealizadores Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckman e Antônio de Góis, na década de 1930 em Recife, para sua fábrica de tijolos. Atualmente é um elemento "fashion" para os projetos de interiores e exteriores.
Herança
Os cobogós são heranças da arquitetura islâmica, inspirados nos "maxaribes" de madeira (divisórias vazadas), que enfeitavam as construções locais, através dos desenhos e das formas, inspirados na cultura e religião, confeccionados por artesãos.
Brasil
Popularizaram-se no país entre as décadas de 1950 e 1960, depois que os consagrados arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa começaram a utilizar estes elementos vazados em seus projetos, criando possibilidades de uso e soluções inovadoras para época.
Materiais
Anteriormente, no Brasil, eram produzidos em cimento. No momento atual, os cobogós são encontrados através de diferentes materiais, como a cerâmica esmaltada, o vidro e o barro (cerâmica natural). Apresentam diversas cores, modelos e formatos diferentes, ficando fáceis de serem adaptados em qualquer espaço.
Dicas: Os cobogós de "cerâmica natural" são recomendados para áreas externas, podem ser "pintados" de qualquer cor, com uma tinta adequada e apresentam um custo reduzido. Os "esmaltados" são indicados para ambientes internos, como salas de estar e áreas de convivência. O mesmo segue para os fabricados com vidro. Porém, o uso dependerá de uma avaliação do espaço e as regras, claro que são quebradas!
Interiores
Em projetos de interiores, são usados como elementos de destaque, dividindo e setorizando os ambientes, garantindo personalidade para o espaço, criando uma atmosfera acolhedora. Estes elementos "retrô" são consagrados pela funcionalidade e a praticidade.
Dica: Com o uso da criatividade pode ser colocado em qualquer ambiente, depende da necessidade de cada projeto.
Áreas Externas
São muito utilizados em áreas externas, pela beleza, leveza, resistência e a multi funcionalidade que oferecem. Nas áreas externas, eles deixam o espaço convidativo ao lazer e ao relaxamento, integrando com qualquer tipo de decoração. O uso correto das cores permite que o seu espaço fique em total harmonia.
Dicas: São usados em jardins, valorizando o paisagismo do local e criando um cenário personalizado entre as espécies. Podem ser colocados em fachadas, garantindo a privacidade sem perder a vista para a rua.
Ambientes Quentes
Além de ser um "elemento decorativo" sensacional, é muito usado em ambientes quentes, que necessitam de divisórias, permitindo que o ar seja renovado, garantindo uma ventilação adequada. Foi criado justamente para essa função, lembrando do calor do estado de Pernambuco. O ar é sempre mudado e o conforto térmico do espaço é garantido.
Iluminação
Os cobogós servem de elementos divisores dos ambientes que não podem perder sua iluminação, quando "divisórias não vazadas" são colocadas sem uma "avaliação projetual" dentro do espaço. Com o uso dos cobogós, a iluminação natural e a artificial são completamente aproveitadas.
Luz e Sombra
Os efeitos causados pelos cobogós são únicos e exclusivos, principalmente quando é utilizada uma iluminação de qualidade, criando um "jogo luminotécnico" de luzes e sombras, valorizando todo o seu mobiliário. As lâmpadas de "led", par 20 e dicróica são recomendadas, apresentam maior durabilidade, baixo consumo e não deixam o ambiente quente.
Os cobogós podem ser usados em diferentes ambientes, como hall, lavabos, banheiros, quartos, cozinhas, áreas de convívio social, fachadas, jardins, escadas, detalhes dos objetos e paredes, enfim onde houver possibilidades para criar espaços com ambientes inovadores e contemporâneos. O preço pode variar, é acessível a todos e o resultado é muito satisfatório.
As fotos seguem para ilustrar nossas dicas e sugestões.
Luiz Henrique Duarte é Bacharel em direito, designer de interiores graduado, jornalista apaixonado por arte clássica e contemporânea, boa música, arquitetura e tudo relacionado à estética do bem viver.
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