Deslizamento de terra em Carangola fecha via central da cidade e deixa 15 famílias desabrigadas
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A principal via da cidade de Carangola, a avenida Capitão Antônio Carlos de Souza, no bairro Santa Maria, foi totalmente interditada na manhã desta segunda-feira, 11 de abril, após o deslizamento de terra de um barranco no local. Segundo dados da Defesa Civil, 15 famílias estão desabrigadas. O coordenador municipal do departamento, Maurílio da Silva Prado, explica que mais duas famílias ainda precisam ser retiradas, pois estão em área de risco. "Retiramos sete famílias na sexta-feira [8], mais sete no domingo [10] e uma hoje [11]." Há 20 dias o barranco apresenta movimentação e há quatro a situação tem se agravado, graças às chuvas que caem na região.
Segundo Prado, com o trânsito totalmente fechado, os motoristas precisam dar um volta, passando pela zona rural de Carangola, que aumenta o tempo de viagem em até uma hora. "O desvio é feito por uma estrada de terra e, como não há outra passagem, a via está congestionada. Além disso, a estrutura da estrada é precária, com muitos buracos e lama, causada pelas chuvas." A Prefeitura de Carangola tenta melhorar o fluxo no local, despejando brita e pó de pedra em pontos mais críticos.
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Sobre a população desabrigada, parte dos moradores está alojada em uma quadra poliesportiva, pertencente à Prefeitura. Outras famílias preferiram alugar moradias e estão sendo cadastradas para receber um aluguel social de R$ 250, a cargo da Secretaria de Assistência Social. Além dessas pessoas, mais duas famílias que moravam na rua da Pedreira, também no bairro Santa Maria, precisaram ser retiradas. Um barranco, pertencente ao mesmo morro, caiu sobre uma casa, derrubando um muro de contenção e atingindo uma área não construída da propriedade. "O morador perdeu grande quantidade da sua criação de galinhas e teve alguns prejuízos, mas ninguém ficou ferido." O Corpo de Bombeiros está no local, avaliando a necessidade de afastar mais moradores da área de risco.
De acordo com Prado, a Defesa Civil iniciou a retirada de terra da avenida Capitão Antônio Carlos de Souza, mas foi alertada pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil da possibilidade de o barranco ceder mais ainda. "Na quarta-feira [13], um geólogo vem à Carangola para avaliar o que pode ser feito. A terra de baixo está contendo a de cima, que corre o risco de descer. Uma reunião na quarta-feira vai decidir o que será feito no local."
Segundo informação do 5º Distrito de Meteorologia, não há previsão de chuvas fortes para a Zona da Mata nos próximos dias. O meteorologista Jorge Moreira afirma que podem ocorrer pancadas no final da tarde, ocasionadas pelo aquecimento. Baseado em dados recolhidos da estação meteorológica instalada em Manhuaçu, o órgão afirma ter chovido forte nos dias 6 e 7 de abril e aponta a possibilidade de ter ocorrido mais uma chuva forte no sábado, 9.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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