Operação desmantela esquema de tráfico de drogas na Zona Sul de JF
Uma operação desencadeada nesta quinta-feira, 8 de dezembro, pelas polícias Federal (PF) e Militar (PM) desmantelou um esquema de venda de drogas diretamente a usuários da Zona Sul de Juiz de Fora. A operação denominada Bosco, percorreu os bairros Olavo Costa, Grama, São Bernardo, São Damião e Dom Bosco e culminou na prisão de seis pesssoas. Cinco delas prestaram esclarecimentos e foram liberadas. Um jovem de 21 anos, com quem foram encontrados cem papelotes de cocaína, foi encaminhado para o Ceresp. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a origem da droga.
Segundo o delegado regional da PF, Cláudio Dornelas, a ação desta quinta-feira faz parte da operação que teve início há seis meses. Quatro pessoas já estão no Ceresp, todos envolvidos com a venda de drogas em bares na avenida Presidente Itamar Franco e rua São Mateus. Só na investida desta quinta-feira, foram apreendidos cem papelotes de cocaína, vários saquinhos usados para embalar drogas, rádios comunicadores, R$ 6 mil em dinheiro, uma arma de fogo falsa, uma porção de maconha, um facão e munições de uso restrito militar. "A operação apura a venda a varejo da droga e está focada nesse tipo de tráfico, por enquanto. Assim que finalizada, vamos identificar os fornecedores desse material e, aí sim, encontrar quantidade maior de entorpecentes." Sessenta homens da PM e quarenta agentes federais participaram da ação.
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Ao longo de seis meses, quatro traficantes que agiam na venda de drogas no bairro São Mateus foram presos por policiais militares e federais. O delegado Humberto Brandão explica que o ataque ao poderio financeiro do grupo foi essencial para desarticular o quadrilha. "Conseguimos chegar à forç financeira da quadrilha e desarmá-los nesse sentido. É o primeiro passo para frear o tráfico. Agora, iremos pedir a prisão dos suspeitos identificados e apurar indícios de lavagem de dinheiro." A polícia ainda investiga a participação de mais pessoas na quadrilha.
Servente vivia em casa de luxo
Segundo Brandão, a lavagem de dinheiro é referente a um caso curioso descoberto no bairro Dom Bosco. Um dos suspeitos, um servente de 28 anos, registrado com carteira assinada, e que recebe salário mímino vive em uma casa que por fora parece modesta, mas por dentro ostenta luxos. "O teto é rebaixado com gesso, há blindex, eletrodomésticos de última geração, um carro e uma moto de 400 cilindradas na garagem. Foram encontrados R$ 5.400 em dinheiro, dez cartões de crédito e até um cartão do Bolsa Família, de que o homem não teria direito, já que tanto ele quanto a mulher são registrados e recebem um salário mínimo. O caso pode ser comparado ao do traficante Nem da Rocinha do Rio de Janeiro."
Um novo inquérito será instaurado para apurar a possível lavagem de dinheiro, diante de necessidade de o suspeito, que também teria ligação com o tráfico, esconder que possuía os bens. Será investigado ainda o porquê de haver um cartão do Bolsa Família na posse do homem.
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