Trabalhadores do transporte coletivo aceitam reajuste salarial de 8,43%
Repórter
Os trabalhadores do transporte coletivo e a Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp) chegaram a um acordo: reajuste salarial de 8,43%. Assim, está descartada a possibilidade de Operação Preguiça, que era cogitada pela categoria. Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 7 de março, os rodoviários resolveram aceitar as propostas apresentadas pelos patrões na última rodada de negociações, ocorrida no dia 2 de março e mediada pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Juiz de Fora.
Será incorporada no Acordo Coletivo uma cláusula dando 3% de gratificação para os trabalhadores com mais de cinco anos de casa. Motoristas e cobradores terão ainda abono de férias de 10% para quem não teve nenhuma falta no ano. Aqueles com até cinco faltas, receberão 5%. O tíquete alimentação também teve reajuste: passou de R$ 190 para R$ 210.
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Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro), José Pedro Ribeiro, a categoria merecia índice de reajuste melhor, mas, segundo ele, houve avanços em vários pontos em relação à negociação salarial de 2011. "Temos que ter o pé no chão e saber até onde podemos chegar para não corrermos o risco de ir a dissídio e a categoria perder todas as conquistas de anos de luta", disse o sindicalista por meio da assessoria de imprensa do Sinttro.
Entretanto, para o ponto mais polêmico da negociação, que é o intervalo para repouso e alimentação, não houve evolução. Motoristas e cobradores reclamam que precisam cumprir a carga de sete horas e vinte minutos em dois períodos, com intervalos superiores a três horas. "Vamos chamar a empresa que tem praticado este intervalo para tentar resolver no Ministério do Trabalho. Ela já assumiu um compromisso de não ter intervalos superiores a três horas", explica Ribeiro.
Inicialmente, a categoria reivindicava reajuste de 12,15%, ao passo que a Astransp acenava com reajuste de 6%.
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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