Quinta-feira, 18 de abril de 2013, atualizada às 11h52

Bancários protestam no Centro de Juiz de Fora

Raphael Placido
Repórter
bancariso

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf-JF) estiveram em frente às agências bancárias do Centro de Juiz de Fora, cobrando melhores condições de trabalho e mais segurança para a classe, na manhã desta quinta-feira, 18 de abril.

Segundo o presidente do sindicato, Robson Marques, a manifestação faz parte de uma mobilização nacional em defesa dos empregos dos trabalhadores, sendo divida em três atos. Um grupo esteve, durante toda a manhã, em frente ao HSBC, na esquina da Rio Branco com a Itamar Franco. Assim como acontece em todo o Brasil, a agência permaneceu fechada, enquanto os funcionários protestavam contra as demissões.

Paralelamente, protestos ocorreram em frente aos bancos Bradescos e Itaú, na Rio Branco, próximos à esquina da Santa Rita. "É um movimento nacional, onde trazemos nossas bandeiras históricas, como a contratação de mais funcionários e melhoria na segurança. Temos estudos de que há um bancário para cada 800 clientes, o que prejudica os clientes e a saúde dos trabalhadores, que ficam sobrecarregados. Tudo isso gera um estresse no cliente, que acaba sendo repassado para o funcionário. Há pouco tempo, uma bancária, de 25 anos, teve um AVC dentro de uma agência de Juiz de Fora, por causa de pressão por metas", afirma.

Os sindicalistas, ligados à CUT, chamavam a atenção de quem passava na rua para outro ponto importante: a violência. "Não faz muito tempo, um gerente de uma cidade da região levou um tiro após um assalto. O Bradesco, por exemplo, insiste em não ter porta giratória. Colocaram um detalhe ou outro, como o biombo nos caixas, mas ainda não há as portas detectoras de metais nem as câmaras externas. Ano passado, algumas agências foram autuadas, mas acabou ficando por isso mesmo", lamenta o presidente do sindicato.

Por fim, Robson Marques lembra que os problemas dos bancos acaba levando um grande número de pessoas a procurar serviços terceirizados, como as casas lotéricas, que têm sido também alvo de assaltos. Ele critica o Projeto de Lei 4.330/2004, do deputado federal Sandro Mabel (PL-GO). Segundo ele, haverá uma ampliação da terceirização, prejudicando ainda mais os direitos dos trabalhadores.

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