Bombeiros fazem vistoria contra incêndio na rua Halfeld

Durante todo o dia, os bombeiros verificaram questões de segurança no Centro, como funcionamento de extintores, situação da rede elétrica e existência de rotas de fuga

Raphael Placido
Repórter
23/4/2013
vistoria

Desde a manhã desta terça-feira, 23 de abril, cerca de 30 bombeiros estão vistoriando estabelecimentos comerciais da rua Halfeld. A ação faz parte da operação Alerta Vermelho, que tem como objetivo percorrer as lojas e edificações que apresentam maior risco de incêndio. O foco é verificar questões de segurança, como funcionamento de extintores, situação da fiação elétrica e existência de rotas de fuga, além de conferir a existência de um plano de segurança contra incêndio e pânico (PSCIP).  

A intenção do Corpo de Bombeiros é, até o fim do dia, passar por 108 pontos do Calçadão, sem contar as galerias, que serão vistoriadas em outra oportunidade. O trabalho está sendo feito por 13 duplas de bombeiros, espalhados pela Halfeld: seis entre a Rio Branco e a Batista, dois entre a Batista e a Getúlio, e cinco da Getúlio até a Paulo de Frontin.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a ideia é fazer uma espécie de pente fino pelo menos uma vez por mês. Após os trabalhos serem concluídos na região central, os bombeiros deverão visitar outros pontos de Juiz de Fora. Para o Major Alexandre, uma dificuldade para fazer vistorias constantes é a falta de efetivo. "Ficaremos hoje o dia todo fazendo as vistorias. Há locais em que o trabalho é muito demorado. Existem outras demandas e não podemos disponibilizar muita gente para a operação. Nossa maior dificuldade é a falta de efetivo. Seria preciso haver 20 mil bombeiros em Minas, mas temos somente 5 mil. Em Juiz de Fora, a situação é melhor do que na maioria das cidades do estado, mas ainda está longe do ideal: são 300 bombeiros, quando o correto seria 500", lamenta.

Primeira abordagem é mais educativa que punitiva

Com um roteiro com todos os locais a serem vistoriados em mãos, Alexandre explica que, dos 108 estabelecimentos que serão vistoriados, apenas 32 possuem o PSCIP. Destes, só cinco estão validados. "É importante que os comerciantes atentem para a necessidade de se adequarem à norma. No plano estão contidas todas as questões de segurança contra incêndio. Ao ser constatada a irregularidade, o comerciante é notificado. Eles passam a ter 60 dias para se adequarem. Essa primeira etapa é mais educativa que punitiva. Passado esse período, os bombeiros retornam com a notificação de multa e é dado mais 30 dias para a regularização. Por fim, caso nada seja feito, o local pode até ser interditado", explica.

Os bombeiros também estão atentos a questões que, normalmente, passam desapercebido para a população em geral. "Há lojas que colocam parte do estoque apertando a saída. Se houver um incêndio, as pessoas terão dificuldade para sair. Outro ponto importante diz respeito à energia elétrica: uma loja de vestuário que foi transformada em lan house, por exemplo, precisa mudar a fiação, que pode sofrer sobrecarga se não estiver preparada", comenta.

Somente nestes primeiros meses do ano, antes da conclusão da operação desta terça-feira, três edificações foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros, outras três sofreram notificações de multa e mais de cinquenta estabelecimentos foram notificados por descumprirem as normas de prevenção vigentes no Estado.

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