Juiz-foranos voltam às ruas nesta quinta para o 4º protesto

Até 16h desta quinta-feira, pouco mais de 50 pessoas estavam concentradas no Parque Halfeld. Manifestantes alegam que consciência é mais importante que números

Raphael Placido
Repórter
27/06/2013
protesto 4

Acontece nesta quinta-feira, 27 de junho, o 4º Ato Público Junta Brasil em Juiz de Fora. Desta vez, a concentração para a manifestação foi marcada para 16h30, no Parque Halfeld. Ainda não há um trajeto definido. Ao contrário do que aconteceu nos últimos protestos, meia hora antes do horário marcado estavam reunidas pouco mais de 50 pessoas. Na última quinta-feira, 20, 15 mil juiz-foranos participaram. Desta vez, cerca de 3,5 mil confirmaram presença pelo Facebook. Quem chegou mais cedo, entretanto, nega que a manifestação esteja enfraquecendo.

É o caso do estudante Lucas Lobos, de 18 anos, que trouxe um chapéu verde e amarelo. "Para mim, quantidade não é o mais importante. É preciso vir aqui e entender o que está sendo reivindicado. Estamos conseguindo muitas vitórias. Não é momento de desmotivar. Temos que continuar indo às ruas até ficar tudo certo", afirma.

Filipe Ramos, de 16 anos, também chegou cedo. Ele concorda que a derrubada da PEC-37, no Congresso, e o veto do prefeito Bruno Siqueira à lei que alteraria a lei para novas edificações demonstram que as manifestações estão surtindo efeito. "Temos que seguir reivindicando o que queremos. A cidade precisa de mais ônibus ligando os bairros. Hoje, precisamos sempre vir para o Centro. Sem o bilhete único fica complicado", reclama. O estudante diz sem contra quem vem ao protesto por diversão: "Vir aqui, neste momento tão importante, e ficar fazendo micareta é sacanagem", lamenta.

Para o advogado Marco Antônio Barreto quando há vontade, as coisas se resolvem rapidamente. "Quando há interesse, tudo é votado bem rápido", afirma. Ele também corrobora a ideia de que a quantidade de manifestantes não é o fundamental: "Poucas pessoas, sabendo porque estão lutando, conseguem fazer mais barulho que 100 mil".

O presidente da Associação dos Auxiliares de Serviço da Prefeitura, André Luís da Silva, também chegou cedo ao Parque Halfeld. Ele se diz preocupado com as infiltrações no movimento. "Sabemos que há a tentativa de infiltrar "P2". Mas já passou da hora de o povo ir para as ruas. Os caras vão acordar. Mas ainda há muita gente com medo. Vários servidores temem participar das passeatas com medo de serem perseguidos depois", explica.

Movimentos sociais e partidos de esquerda fizeram reunião na terça

Preocupados com o rumo que as manifestações estavam tomando em todo o país, setores historicamente ligados à esquerda em Juiz de Fora se reuniram nesta terça-feira, 25 de junho, no Sindicato dos Bancários. Ao todo, 38 organizações, como sindicatos, partidos políticos e movimentos sociais debateram questões relacionadas ao tema e decidiram apoiar os protestos. "A partir de hoje (26) o movimento conta com a experiência daqueles que nunca fecharam os olhos e nunca saíram das ruas", diz um trecho do comunicado publicado na página do Facebook. No dia 29 de junho, sábado, o grupo pretende realizar, às 13h, o Ato JF Cidade livre, na Praça do Vitorino.

ACESSA.com - Quarto protesto em JF deve ter pouca ades?o

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