Moradores do bairro Industrial questionam obra inacabada de passarela

MRS reconhece situação, mas não coloca prazo para definir quando a intervenção será retomada

Lucas Soares
Repórter
29/01/2014
Passarela

Os moradores da rua José de Araújo Braga, no bairro Industrial, Zona Norte de Juiz de Fora, enfrentam um problema junto à MRS Logística S.A., empresa responsável pela linha de trem que cruza a região. De acordo com os residentes, as obras de uma passarela para atravessar a via estão paradas desde outubro de 2013.

De acordo com o presidente da associação de moradores do bairro Industrial, José Chaves, 63, foram mais de dez reuniões em busca de uma solução. "Temos documentos assinados pela associação autorizando a obra. Quando era do interesse da empresa, eles vieram aqui e correram atrás. Mas parece que houve um estudo de solo errado e, desde então, a intervenção está abandonada", diz.

Morador de frente do local onde fica o ponto de ônibus, Darci Freitas, afirma que o mato toma conta da região. "Eles isolaram a calçada, destruíram o ponto de ônibus e o muro. O resultado disso é que o mato invade a calçada e a rua. Acumula sujeira e bichos", afirma. Além disso, outro fator que chama atenção de Sérgio Augusto Correia, morador do bairro há 35 anos, é atravessar a via. "A MRS deixa o trem parado em frente a minha casa. Do outro lado, tem escola infantil, posto médico e empresas de pequeno e médio porte. Os funcionários precisam passar por cima ou por baixo do trem, um absurdo! Vejo isso diariamente", opina.

Passarela Passarela

MRS explica

Por meio de nota, a assessoria da MRS Logística S.A. afirma que "de fato, a construção da passarela foi interrompida por problemas técnicos no projeto e a MRS está providenciando um novo fornecedor para a conclusão da passarela" e que tem mantido contato com as lideranças locais.

No entanto, "com relação à travessia entre os vagões, ficou acertado com os líderes que as composições serão fracionadas, ou seja, terão seus vagões desconectados para permitir a passagem segura, nos pontos em que temos passagens em nível (PNs) na região. Há duas PNs neste trecho. Reforçamos que somente nestes pontos a travessia pode ser feita. Atravessar entre vagões encerra grande risco, esta é a situação que mais queremos evitar", esclarece a nota.

Além disso, a MRS afirma que sempre que houver reclamações ou denúncias, os moradores podem ligar para o telefone de contato, que também serve para emergências: 0800-979-3636.

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