Greve dos professores chega ao 40°dia sem acordo com a Prefeitura
Os professores da rede municipal de ensino de Juiz de Fora decidem pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta quinta-feira, 23 de abril, no Ritz Hotel. Os representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-JF) apresentaram a proposta de alteração no texto do artigo 9° da Lei municipal 13.012. Mas, com unanimidade de votos, os magistrados só aceitam a retirada, além de exigirem o reajuste salarial de 13,01% concedido pelo MEC em janeiro, para toda a categoria. A Prefeitura divulgou nota admitindo a possibilidade de alteração do artigo, com sugestão de que seja acrescentado um dispositivo na norma que reafirme a manutenção da diferença de 10% entre níveis de mesma classe.
De acordo com o secretário financeiro do Sinpro-JF, Roberto Kalam, a proposta apresentada é vista pelos representantes sindicais como 'requentada' pelo Executivo. "Esta negociação só mostra que a Prefeitura reconhece que o artigo está errado, por isso mantemos o posicionamento de retirada do mesmo. Já que eles insistem em divulgar salários individuais dos professores, estamos panfletando com informações sobre os salários do prefeito, vice e secretários", destaca.
O administrativo entende que o artigo 9° garante o cumprimento da Lei do Piso em Juiz de Fora, que autoriza a concessão de reajuste diferenciado, como forma de complementação salarial para professores iniciantes que estiverem abaixo do piso nacional da classe. Mas, os magistrados afirmam que esta alteração faz com que os salários, com o passar do tempo, fiquem no mesmo patamar, quebrando o plano de carreira. A prefeitura ainda completa que caso conceda o reajuste de 13,01% a toda a categoria, estará descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Adesão
Conforme levantamento da assessoria da Secretaria de Educação, 79 escolas municipais do total de 102 estão funcionando parcialmente, com 1.363 professores trabalhando. Além disso, nas últimas duas semanas, mais de 200 profissionais retornaram às atividades. No entanto, Sinpro-JF afirmam que 75,5% dos magistrados estão parados.
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