Greve dos servidores do INSS fecha agências de Juiz de Fora
A partir desta quarta-feira, 8 de julho, as três agências da Previdência Social (APS) do Largo do Riachuelo, Morro da Glória e São Dimas vão permanecer fechadas por tempo indeterminado. Cerca de 90% dos servidores das agências e 80% da gerência vão aderir a greve nacional dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que foi deflagrada no último sábado, 4 de julho, para esta terça, 7, e já atinge unidades do órgão em 19 estados e no Distrito Federal de acordo com a federação da categoria.
De acordo com a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social (Sintsprev/MG), Cleuza Faustino, mesmo que algum funcionário não opte pela adesão da greve, as portas das agências ficarão fechadas, pois não será possível atender a demanda. "Estamos assessorados pelos advogados que garantem que os serviços só são obrigatórios em caso de risco de vida ou segurança", detalha.
A paralisação nas APS devem afetar os atendimentos relativos aos requerimentos de aposentadorias, pensões e auxílios doenças, maternidade, entre outros; marcação de perícias e outros serviços referentes a benefícios previdenciários. No Ministério do Trabalho e Emprego, poderá prejudicar a expedição de Carteiras de Trabalho, as homologações de rescisão de contrato de trabalho, os pedidos de Seguro Desemprego e Abono Salarial, além da emissão de diversas certidões e outros documentos de interesse de trabalhadores e empresas. "Já estamos negociando desde janeiro e não tivemos resposta. Infelizmente tivemos que apelar para a greve".
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A categoria pede reajuste salarial de 27,5%, incorporação de gratificantes e abertura de concurso público, política salarial de recomposição de perdas, humanização das metas, medidas para conter o assédio moral, reajuste dos benefícios e fim das terceirizações. O Sintsprev explica que a greve não é somente dos servidores do INSS, embora a categoria seja a maioria dos que aderiram, sendo que também inclui servidores federais da saúde e do trabalho. "Temos em Juiz de Fora a situação do Hospital Universitário que está em processo de terceirização, pela empresa Ebeserh", destaca Cleuza.
A diretora completa que atualmente os serviços da previdência têm um desfalque de 5 mil servidores, sendo que o governo federal prevê um concurso público com apenas 950 vagas. Além disso, está previsto que em 2017 cerca de 60% do quadro se aposente. "Queremos reposição deste quadro para atender a população de forma eficiente".
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