Sem acordo, INSS está prestes a completar um mês de greve em Juiz de Fora
A greve dos Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está próxima de completar um mês e segue sem acordo por parte do governo federal. Parados desde o dia 7 de julho, os servidores aguardam uma posição por escrito do governo para fechar a negociação, reivindicando reajuste de 27,6% em uma única parcela.
De acordo com a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social (Sintsprev/MG), Cleuza Faustino, foram várias conversas na última semana em busca de um acordo. "O governo não apresentou a resposta da pauta por escrito. A orientação do comando de greve para os estados é de manter e ampliar a greve, até que tudo seja respondido por escrito. Aqui em Juiz de Fora já estamos com 80% de funcionários paralisados, mas em outros locais a ideia é parar também. Na região, apenas São João Nepomuceno está trabalhando parcialmente", diz.
Serviços afetados
A paralisação nas APS afeta os atendimentos relativos aos requerimentos de aposentadorias, pensões e auxílios doenças, maternidade, entre outros; marcação de perícias e outros serviços referentes a benefícios previdenciários. No Ministério do Trabalho e Emprego, poderá prejudicar a expedição de Carteiras de Trabalho, as homologações de rescisão de contrato de trabalho, os pedidos de Seguro Desemprego e Abono Salarial, além da emissão de diversas certidões e outros documentos de interesse de trabalhadores e empresas.
A informação do INSS aos segurados é que as datas de atendimento serão remarcadas pela própria agência. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 135. Em nota, o INSS informou que considerará a data originalmente agendada como a de entrada do requerimento, "de modo a evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados".
Em comunicado divulgado no dia 16 de julho, o Ministério da Previdência Social informou "que tem baseado a relação com os servidores no respeito, diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as portas abertas às suas entidades representativas para construção de uma solução que contemple o interesse de todos."
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