Casal é preso suspeito de torturar criança de dois anos em Matias Barbosa
Um homem de 20 anos e a namorada dele, 21, foram presos pela Polícia Civil de Juiz de Fora, suspeitos de torturarem a filha da jovem, uma criança de dois anos, em Matias Barbosa. O rapaz foi levado para o Ceresp e a mulher para a penitenciária Ariolsvaldo Campos Pires.
Segundo o boletim de ocorrências da Polícia Militar (PM), a avó da criança havia visitado a filha no último sábado, 9 de janeiro, por volta das 21h, quando notou ferimentos na cabeça da vítima e um comportamento amedrontado. A criança passou por atendimento médico e a PM foi acionada.
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Quando o casal foi encontrado, a mãe relatou que a filha caiu enquanto tomava um banho, na tarde da sexta-feira, 8. O tombo teria sido de frente, com a menina batendo o rosto no chão e expelido sangue pela boca. A suspeita ainda afirma procurou atendimento médico para a menina na noite do acidente, mas como demorou, desistiu. Nenhum registro em nome da criança foi encontrado no posto médico.
Em função das lesões que a criança apresentava, ela foi encaminhada para o Hospital Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora junto com o pai biológico. No documento policial, os médicos do HPS afirmaram que a menina sofreu equimose no olho esquerdo e edema frontal, além de equimose na região genital, indicando um possível estupro. A garota teria relatado ao pai e a uma testemunha que havia apanhado do padrasto. Os enfermeiros e médicos que atenderam a menina relataram que ela apresentava diversas lesões pelo corpo.
Quando o caso chegou à Delegacia de Polícia Civil, foi emitida uma guia para a realização de exames complementares na criança para confirmar a versão. No HPS, a criança relatou para uma tia e uma assistente que a lesão teria sido feita por alguém com o mesmo nome do padrasto. Ele e a namorada foram presos de acordo com a lei 9.455 de 1997, que, no inciso 2, artigo primeiro, diz que "submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo" pode causar detenção de dois a oito anos. O caso voltará para Matias Barbosa, local onde acontecerão mais investigações.
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