Polícia Civil desarticula quadrilha que fraudava vestibular de medicina da Unipac-JF

Oito foram presos, sendo que já existem mais três suspeitos. Valores pagos pela fraude pode chegar a R$ 50 mil

Angeliza Lopes
Repórter
16/11/2015
operação

Oito foram presos em esquema de fraude de provas de vestibular de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC-JF) no último sábado, dia 14 de novembro. A Polícia Civil de Juiz de Fora recebeu denúncia na sexta-feira, 13, que um dos candidatos inscritos no processo seletivo usaria ponto eletrônico, sendo que ele já tinha sido flagrado em outras cidades tentando o mesmo golpe. Foram presos quatro candidatos, o pai de uma das estudantes e outros três coordenadores que aguardavam no estacionamento do Independência Shopping.

Conforme a delegada responsável pela operação, Ângela Fellet, uma equipe de investigadores foi montada, após receber informações da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro do carro que o infrator usaria e suas descrições. Junto dele foram encontrados mais três candidatas e o pai de uma delas, que ficou aguardando no carro. Cada policial acompanhou um candidato até a sala que entrariam, sendo retirados das salas antes do início da prova. Eles estavam com receptores de dados que receberia as informações através de um sistema de rádio, que seria transmitido pelo ponto auricular eletrônico.

Após serem presos e levados para a delegacia, um dos coordenadores tentou contato, sendo possível localizá-los no estacionamento do Independência Shopping. No local, foram presos mais três pessoas que eram responsáveis por captar possíveis candidatos interessados e treiná-los para o uso do ponto eletrônico. "Eles orientam para que levem moedas ou coisas de metal para disfarçar, caso passem por detector de metais, que não pode espirrar pois a pressão no ouvido pode soltar o ponto. Existe o primeiro escalão, que temos informações mas ainda não chegamos nos suspeitos. Só no esquema desta prova, ainda existem mais três suspeitos", destaca. A quadrilha já tinha tentado a fraude na cidade de Itaperuna-RJ.

A delgada explica que a fraude acontece da seguinte forma. "Professores e especialistas que dominam o conteúdo se inscrevem no processo seletivo, fazem a prova e saem com os cadernos de resposta após o término do tempo de sigilo da prova. Eles passam as respostas para os mentores, que ficam a uma distância mínima do local do concurso para repassar os dados pelo sistema radiotransmissor. Quando os cadernos de prova são iguais, as letras são passadas através de códigos, caso sejam diferentes eles falam palavras-chave da questão correta. Quando retiramos os candidatos das salas, eles não sabiam que tinham saído e repassaram as respostas em forma de código pelo ponto, por isso, possivelmente, outros candidatos que não foram identificados ouviram as respostas.", explica.

Três dos candidatos são reincidentes, sendo que dois deles foram presos no ano passado durante a operação Hemostase II desencadeada nas cidades de Belo Horizonte, Teófilo Otoni e Santos. Os quatro são de Malacacheta, Itambacuri, Belo Horizonte e Governador Valadares e os coordenadores de Limeira (SP), Teófilo Otoni e Palmeiras (SP). O esquema é aplicado em outros estados do país e pode chegar ao valor de R$ 50 mil. Os estudantes respondem por fraude de processo seletivo para ingresso de instituição de ensino superior, com pena de um a quatro anos, que cabe fiança e os outros por associação criminosa, que cabe de um a três anos de cadeia, além de fraude em certame de interesse público, com pena de um a quatro anos. Estes estão presos no Ceresp.

Foram apreendidos um veículo Honda Civic com placa de Teófilo Otoni, sete aparelhos de receptação e transmissão, sete pontos auriculares, quatro cadernos de prova, uma arma de ar compressão, sete smartphones, dois aparelhos celulares e um tablet.

O Portal ACESSA.com tentou contato com a instituição, mas não obteve retorno.

Oito foram presos em esquema de fraude de provas de vestibular de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC-JF) no último sábado, dia 14 de novembro. A Polícia Civil de Juiz de Fora recebeu denúncia na sexta-feira, 13, que um dos candidatos inscritos no processo seletivo usaria ponto eletrônico, sendo que ele já tinha sido flagrado em outras cidades tentando o mesmo golpe. Foram presos quatro candidatos, o pai de uma das estudantes e outros três coordenadores que aguardavam no estacionamento do Independência Shopping.

 

Conforme a delegada responsável pela operação, Ângela Fellet, uma equipe de investigadores foi montada, após receber informações da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro do carro que o infrator usaria e suas descrições. Junto dele foram encontrados mais três candidatas e o pai de uma delas, que ficou aguardando no carro. Cada policial acompanhou um candidato até a sala que entrariam, sendo retirados das salas antes do início da prova. Eles estavam com receptores de dados que receberia as informações através de um sistema de rádio, que seria transmitido pelo ponto auricular eletrônico.

 

Após serem presos e levados para a delegacia, um dos coordenadores tentou contato, sendo possível localizá-los no estacionamento do Independência Shopping. No local, foram presos mais três pessoas que eram responsáveis por captar possíveis candidatos interessados e treiná-los para o uso do ponto eletrônico. “Eles orientam para que levem moedas ou coisas de metal para disfarçar, caso passem por detector de metais, que não pode espirrar pois a pressão no ouvido pode soltar o ponto. Existe o primeiro escalão, que temos informações mas ainda não chegamos nos suspeitos. Só no esquema desta prova, ainda existem mais três suspeitos”, destaca. A quadrilha já tinha tentado a fraude na cidade de Itaperuna-RJ.

 

A delgada explica que a fraude acontece da seguinte forma. “Professores e especialistas que dominam o conteúdo se inscrevem no processo seletivo, fazem a prova e saem com os cadernos de resposta após o término do tempo de sigilo da prova. Eles passam as respostas para os mentores, que ficam a uma distância mínima do local do concurso para repassar os dados pelo sistema radiotransmissor. Quando os cadernos de prova são iguais, as letras são passadas através de códigos, caso sejam diferentes eles falam palavras-chave da questão correta. Quando retiramos os candidatos das salas, eles não sabiam que tinham saído e repassaram as respontas em forma de código pelo ponto, por isso, possivelmente, outros candidatos que não foram identificados ouviram as respostas.”, explica.

 

Três dos candidatos são reincidentes, sendo que dois deles foram presos no ano passado durante a operação Hemostase II desencadeada nas cidades de Belo Horizonte, Teófilo Otoni e Santos. Os quatro são de Malacacheta, Itambacuri, Belo Horizonte e Governador Valadares e os coordenadores de Limeira (SP), Teófilo Otoni e Palmeiras (SP). O esquema é aplicado em outros estados do país e pode chegar ao valor de R$ 50 mil. Os estudantes respondem por fraude de processo seletivo para ingresso de instituição de ensino superior, com pena de um a quatro anos, que cabe fiança e os outros por associação criminosa, que cabe de um a três anos de cadeia, além de fraude em certame de interesse público, com pena de um a quatro anos . Estes estão presos no Ceresp.

 

Foram apreendidos um veículo Honda Civic com placa de Teófilo Otoni, sete aparelhos de receptação e transmissão, sete pontos auriculares, quatro cadernos de prova, uma arma de ar compressão, sete smartphones, dois aparelhos celulares e um tablet.

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