Jornalista, natural de Santos Dumont, publica seu primeiro conto

Com 25 anos, Gabriel Fortes afirma que a base educacional foi um dos principais motivos para a escolha da carreira

Andréa Moreira
Repórter
13/2/2013
Gabriel Fortew

Retratar, por meio da literatura, o universo feminino, seja em suas alegrias ou tristezas. Esse é o trabalho do jovem escritor Gabriel Fortes (foto), de 25 anos. “Desde sempre me interessei por contos, principalmente pelos contos da Disney. Isso, aliado ao meu lado observador, fez com que eu mergulhasse no universo feminino e colocasse no papel as histórias de tantas mulheres que conheci e outras tantas que pareciam nascer depois que eu escrevia minhas histórias,” afirma Fortes.

Natural de Santos Dumont, Fortes é formado em jornalismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). Porém, o gosto pela literatura e escrita surgiu quando ainda criança. Para ele, a base educacional foi um dos grandes responsáveis pela escolha da profissão. “Minha formação escolar foi na extinta Escola Peralta, que possuía um método de ensino diferenciado, idealizado por Tereza Ladeira. Acredito que se não tivesse esse tipo de ensino, meu dom pela escrita surgiria mais tarde,” destaca Fortes, ressaltando, ainda, a importância de cada professora de Português e Literatura que passou por sua vida.

A primeira obra foi uma novela de ficção científica que surgiu quando o pequeno sandumonense tinha apenas 15 anos. De lá para cá não parou mais, até que no final de 2012 publicou o conto A Vespa, no livro Quem Conta Um Conto. A obra surgiu através de um concurso literário promovido pela Giostri Editora e o Espaço Parlapatões, de São Paulo. “Eu e outros oito escritores vencemos o concurso e fomos agraciados com a publicação deste livro.”

A Vespa

A obra, de 2007, conta a trajetória de uma mulher com câncer de mama, que para salvar a própria vida foi obrigada a retirar um dos seios. “Durante uma aula de fotografia, me deparei com uma autoimagem denominada Imagem do Meu Cancro. Nela, a mulher estava sem os seios e isso foi o ponto inicial para a minha criação", diz.

Segundo o jornalista, essa foi a personagem que ele mais gostou de criar, e que conseguiu se envolver com a história do início ao fim. “Me apaixonei por essa mulher. Ver esse conto publicado foi como pagar uma dívida com a personagem, que merecia que outras pessoas também conhecessem sua história,” revela.

O futuro

Atualmente, Fortes divide-se entre a terra natal e a capital paulista e já se prepara para enfrentar mais um concurso. "Meu próximo conto tem um teor erótico e recebeu o nome de Paladar. Nele faço uma abordagem gastronômica do sexo."

Além dessa obra, o escritor sandumonense prepara uma biografia e ainda pretende desenvolver um antigo sonho. "Quero reescrever a novela de ficção científica, pois eu tinha apenas 15 anos quando finalizei a obra e acredito que ela mereça algumas adaptações."

Outro desejo de Fortes é lançar o livro Quem conta um conto em Juiz de Fora. "O lançamento em São Paulo foi em dezembro de 2012. No dia 13 de janeiro apresentei o livro para meus conterrâneos de Santos Dumont. Agora, como Juiz de Fora possui uma grande influência em minha formação, gostaria também de poder lançar a obra na cidade."

Os textos são revisados por Juliana França

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