Segmentos artísticos discutem as prioridades para o ano de 2010
Repórter
A necessidade de mais espaço para apresentações, a falta de apoio às companhias por parte da iniciativa privada e a formação de gestores culturais foram os pontos mais discutidos durante o 1º Fórum das Artes Cênicas de Juiz de Fora, realizado na última segunda-feira, 11 de dezembro.
De acordo com a organizadora do evento, Sandra Emília, o encontro teve como objetivo debater as perspectivas e as prioridades para as áreas do teatro, da dança e do circo para 2010. "O resultado foi muito satisfatório. Discutimos propostas a serem entregues ao Conselho Municipal de Cultura e que deverão compor o Plano Municipal de Cultura, cuja apresentação ocorrerá em Brasília. A ideia é conseguirmos verbas para viabilizar os projetos." Os representantes das manifestações artísticas de Juiz de Fora deverão se reunir novamente na próxima segunda-feira, às 18h, na Casa de Cultura, para aprofundar as discussões.
Um dos pontos mais debatidos, segundo Sandra Emília, foi a carência de espaço para apresentações, já que a maioria pertence à iniciativa privada e custa caro. "Gratuitos temos apenas o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), cedido pelo Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e a Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Uma forma de resolver o problema seria a ocupação de espaços ociosos, como é o caso de duas salas da Câmara Municipal." O evento abordou, ainda, as obras do Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno. "Temos informações de que a Funalfa está tentando viabilizar, junto ao Governo Federal, recursos para a construção. O custo deverá girar em torno de R$ 3 milhões."
A necessidade de incentivo por parte de empresas da cidade foi outra questão abordada. "Não podemos depender apenas de uma lei municipal voltada à cultura. Os empresários devem se sensibilizar. As companhias precisam de apoio para adquirir e manter equipamentos de luz e som."
Durante o Fórum, foi citada também a necessidade de oferecer formação e capacitação aos agentes culturais, os quais atuam na elaboração de projetos e na busca de recursos junto à iniciativa privada. "Temos agentes, mas o número não é suficiente. É preciso investir nesta formação." Outro ponto discutido foi a formação de público. "É fundamental trabalhar com a sensibilização. Um bom caminho é via escolas, enfatizando a educação pela arte."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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