Repúblicas de estudantes de Ouro Preto terão restrições durante Carnaval
Repórter
A cidade de Ouro Preto terá uma festa de Carnaval diferente das que vinham sendo realizadas em anos anteriores. A mudança deve-se à recomendação dos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF), que pede a proibição de festas com caráter comercial no interior das repúblicas de estudantes administradas pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e em bens públicos tombados pelo patrimônio.
A alegação é de que o dinheiro arrecadado com a hospedagem deve ser aplicado na recuperação dos imóveis. Assim, os imóveis não poderiam ser usados para atividades econômicas como festas pagas e hospedagem. "O patrimônio público não deve ser utilizado para a obtenção de lucro", destacou o promotor de Justiça de Ouro Preto, Roberto Crawford. A cidade, que chega a receber cerca de 40 mil pessoas durante os quatro dias de folia, conta com mais de 300 moradias de estudantes, sendo 58 federais.
Na última quinta-feira, 14 de janeiro, representantes do MPE e da Ufop estiveram reunidos a fim de discutir as normas e as restrições a respeito da hospedagem nas repúblicas durante o Carnaval. A previsão é de que na próxima semana seja assinado um acordo entre as partes. Com a mudança, as repúblicas federais não poderão receber turistas. "É fundamental que sejam observadas diretrizes como a capacidade de acomodação. Além disso, deve haver prestação de contas de toda a renda arrecada durante os quatro dias de festa", ressaltou o promotor. Até o fechamento desta nota, o representante da Ufop não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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