Após críticas de Paulo Gustavo, administração do Central se explica
Repórter
Após as diversas críticas feitas pelo ator e comediante Paulo Gustavo, na apresentação do stand-up Hiperativo, na noite da última quinta-feira, 28 de agosto, no Cine-Theatro Central, a administração do teatro se pronunciou nesta sexta, 29.
Durante a peça, Paulo Gustavo criticou abertamente o estado do teatro, afirmando que as barras de sustentação do palco estão "podres" e que o local é lindo, mas do palco para fora. Em seu perfil em uma rede social, ele ainda reclamou da ausência de uma bilheteria informatizada, da falta de ar condicionado e da não permissão para a realização de uma sessão extra, que, segundo o comediante, não foi autorizada pelo reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Henrique Duque, instituição responsável pelo local.
- Festival de Jazz no parque do Museu apresenta atração internacional
- Banda Visco promove intercâmbio de bandas neste sábado
- Continuam abertas as inscrições para as oficinas do Festival de Teatro de JF
A versão, no entanto, foi contestada pelo administrador da UFJF. "A colocação dele é uma coisa muito séria, porque é inverídica. Não foi assinado um contrato de duas sessões e, em nenhum momento, fui acionado para comparecer ao teatro. Fui sim, procurado na reitoria, sem agendamento, pela empresária do evento, para intervir junto ao Pró-Reitor de Cultura, Gerson Guedes, para a liberação de outra sessão. O Gerson, no entanto, me disse que a decisão foi do conselho do teatro, que tomou as medidas necessárias e a ordem deles para o reitor é para ser acatada", explica Duque.
De acordo com o reitor, o conselho tomou todas as cautelas para preservar a comunidade. "Quando nós alugamos o espaço, toda a parte de eventos e confecção de bilhetes é responsabilidade do empresário. Foi uma coisa lamentável a quantidade de gente parada no meio da rua para comprar ingresso. Depois que eles viram que foi uma coisa muito procurada, quiseram fazer uma segunda sessão. Olha, se a primeira já começou daquele jeito, era um risco muito grande para a UFJF e para o Central abrir mão para que houvesse a segunda peça. A gente lamenta que não tenha tido, sabemos que o autor é uma pessoa de expressão, de caráter artístico de alto valor, mas infelizmente houve essa falha na parte de quem está conduzido. Nós temos que proteger a UFJF e a população da cidade. Se evoluir de uma forma diferente, nós iremos tomar medidas de ordem judicial", afirma.
O Portal ACESSA.com tentou contato com a empresária que trouxe o espetáculo para Juiz de Fora, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas até a publicação desta matéria.
Ar-condicionado
Em relação as críticas estruturais citadas por Paulo Gustavo, a restauração caminha em passos lentos até a mudança de governo na UFJF. "O valor total da restauração já está todo empenhado, o dinheiro já está todo reservado e a nova reitoria vai dar mais velocidade. Um setor vai ser criado para dar mais dinamismo às obras da universidade. Esse setor vai tirar a sobrecarga da Pró-Reitoria de Infraestrutura", comenta o reitor.
Sobre o ar-condicionado, segundo Duque, o problema não é tão simples de ser resolvido. "Colocar um ar-condicionado dentro do teatro não esbarra simplesmente na compra do equipamento. Esbarra no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tem que analisar e permitir. Se nós colocarmos um ar-condicionado e, de acordo com o tipo de umidade, aquilo pode alterar tudo. Então aquele patrimônio histórico, às vezes por um conforto humano, vai todo por água abaixo. Nós estamos com um pedido de estudo para verificar que tipo de aclimatização a universidade pode colocar ali. Se fosse uma coisa simples, eu tinha colocado no terceiro ano do meu mandato. Nós temos que procurar preservar a memória cultural da arte e da cultura da cidade", garante o reitor.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!