Sábado, 28 de janeiro de 2017, atualizada às 10h40

Bloco Meu Concreto tá Armado completa 11 anos de folia pelas ruas do São Mateus

Angeliza Lopes
Repórter
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Sem inscrições, abadás e camarote. Quem quiser fazer parte do Meu Concreto tá Armado é só chegar. Afinal, como afirma o integrante Antonio Moreira, o bloco acontece na rua, por isso é um evento público. O nome não deixa enganar quem são seus principais integrantes! Há 11 anos, os estudantes das Faculdades de Engenharia e Arquitetura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) fundaram a agremiação para que pudessem curtir um pouco do Carnaval em Juiz de Fora, antes de voltarem para suas cidades. Nos últimos anos a folia ganhou mais adeptos, até de outras cidades da região.

Moreira explica que o bloco possui forte caráter cultural. Por isso, além da banda do Concreto, que é a 'Bateria Nota 3', o grupo sempre abre espaço para as manifestações culturais da cidade. “Temos uma proposta de Carnaval que vem se mantendo durante os anos, que é promover a interação com o município, desfilando pelo bairro São Mateus”. Neste ano o desfile será no dia 18 de fevereiro, com saída da Praça Jarbas de Lery Santos, sentido rua São Mateus, Padre Café e retorno para a praça. A organização ainda não definiu o horário.

O nome criativo foi escolhido após votação. Integrantes sugeriram várias opções e 'Meu Concreto tá Armado' foi o vencedor da eleição. “Acho que esse era o mais publicável (rs)”, brinca Antonio. No primeiro ano o bloco desfilou pela antiga Avenida Independência, na altura da orla – espaço onde funcionavam vários bares, inclusive o saudoso Bar do Piriá – O Rei da Asa de Frango, que foi um dos primeiros 'botecos' de Juiz de Fora.

O enredo deste ano do Concreto ainda não está definido, mas, segundo o integrante, a ideia é que seja um tema que proponha alguma reflexão sobre a situação atual que o país está vivendo. O único homenageado até hoje pelo bloco foi o Oscar Niemeyer no ano do seu falecimento.

Independente e ousado, o grupo saí sem ensaios com sua Bateria Nota 3. “Todos os anos se esforçando para não subir nem um décimo da nota. Nem abaixar. Vendemos camisas e armamos o 'buteco' para levantar fundos para o bloco, mas o evento e o espaço são públicos”, reforça.

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