Livro e exposição reúnem pinturas e celebram os 80 anos do artista Dnar Rocha

A viúva do pintor, Aída de Andrade, selecionou mais de cem pinturas para a composição da obra. O lançamento ocorre nesta quinta-feira, no CCBM

Nathália Carvalho
Repórter
6/11/2012
Capa livro Dnar Rocha

Marcada pela saudade e admiração do companheiro, a viúva do pintor Dnar Rocha (foto ao lado) irá lançar um livro que reúne muitos dos seus mais importantes trabalhos, em comemoração aos 80 anos de vida que o artista plástico completaria neste ano. Aída Célia de Andrade organizou, em 140 páginas, mais de cem imagens produzidas pelo marido, entre desenhos e pinturas.

O lançamento da obra Simplesmente Dnar vem acompanhado de uma exposição, e ambos serão inaugurados nesta quinta-feira, 8 de novembro, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), Centro, às 20h.

"Desde que o Dnar morreu, eu sempre pensei em fazer um livro em sua homenagem, e acredito que o melhor momento foi na comemoração do seu aniversário de 80 anos, que foi em julho. Juntei toda a minha coleção com a de amigos e familiares nesta obra", conta Aída. Os trabalhos de organização tiveram início em janeiro e duraram cerca de nove meses. "Queria ter lançado antes, mas o projeto foi ampliando, pessoas que eu nem conhecia ficavam sabendo e me procuravam para mostrar alguma obra. No final, ficou fantástico", garante.

O projeto contou com o apoio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) para a produção da mostra e ainda com outros auxílios particulares. O livro da Editora Templo, que será comercializado ao preço de R$ 60, está dividido em três partes: figuras, natureza morta e paisagens. A capa da obra (foto acima) é um autorretrato de 1969, pertencente à coleção de Nívea Bracher, e a arte final da obra é de Carlos Alberto Reis.

Além disso, Aída conta que separou uma parte do trabalho para colocar um pouco do dia a dia e da intimidade do artista. "Criei um espaço de memória, onde coloquei bilhetes de amigos, mensagens íntimas, lembranças, fotografias e homenagens. Quero que as pessoas vejam além do Dnar pintor", revela.

Exposição

Já a exposição Dnar Rocha – 80 anos é de curadoria de Daniel Rodrigues e Tamires Fortuna e ficará em cartaz até o dia 2 de dezembro, na Galeria Arlindo Daibert. A visitação é gratuita e ocorre de terça a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h.

De acordo com informações da assessoria da Funalfa, os trabalhos expostos integram o acervo de Aída Célia, e cerca de dez trabalhos em cores em preto e branco serão comercializados. "A proposta da exposição é fazer uma releitura da trajetória artística de Dnar, passando por suas diversas fases", explica Daniel.

Trajetória do artista

Dnar Rocha nasceu em 21 de julho de 1932, na cidade de Tabuleiro, Minas Gerais. Em 1951, mudou-se com os pais e oito irmãos para Juiz de Fora. Trabalhou como comerciário, prático de farmácia, pintor de louça, barbeiro e contador. No início da década de 1950, passou a frequentar aulas de desenho na Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras. Dedicado e talentoso, Dnar Rocha tornou-se um artista destacado, fazendo parte do grupo composto por Heitor de Alencar, Silvio Aragão, Nelson Bracher, Renato de Almeida, Décio Bracher, Renato Stehling, Mário Tasca, Américo Rodrigues, Carlos Bracher e Nívea Bracher, entre outros.

Realizou sua primeira exposição em 1954, no Salão Oficial Municipal de Juiz de Fora, dando sequência a uma série de mostras coletivas e individuais em diversos estados. Alguns de seus trabalhos estão no acervo de entidades estrangeiras, como a Embaixada do Brasil em Washington e a Galeria de Arte Visual, em Boston, nos Estados Unidos. Ele e Aída casaram-se em 1998. Dnar faleceu no dia 24 de novembro de 2006, em Juiz de Fora, aos 74 anos.

Os textos são revisados por Juliana França

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