Escoteira coordena grupo de voluntários para arrecadar doações às vítimas das chuvasPara Nízia Almeida, é gratificante ver o sorriso e a expressão de felicidade dos assistidos, demonstrando que valeu o empenho
Repórter
17/1/2012
Mobilizada pela necessidade de ajudar as vítimas das chuvas, que atingiram 42 cidades da Zona da Mata, a juiz-forana Nízia Almeida, juntamente com um grupo formado por 15 escoteiros, decidiu criar uma campanha para ajudar os atingidos. A diretora distrital da Zona da Mata afirma que o empenho dos envolvidos na mobilização está fazendo a diferença. "A ideia surgiu pelos garotos e eu, na mesma hora, acatei. Montamos um esquema de plantão na sede do grupo e estamos arrecadando água, alimentos, materiais de higiene pessoal e limpeza, além de garrafas pet transparentes e com tampa", diz a voluntária, referindo-se a campanha que já dura dez dias.
Com a iniciativa, Nízia diz que a campanha ganhou forças na rede social e os familiares dos envolvidos também estão empenhados em fazer o bem para as vítimas das chuvas. "Nos Escoteiros todos estão ajudando, desde os lobinhos (categoria de 7 a 11 anos) até a chefia (acima de 21 anos), seguindo a nossa promessa que é: ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião", afirma.
A diretora explica que o grupo ainda não contabilizou a quantidade de de doações (foto abaixo), mas garante que já tem um número expressivo de donativos. "Faremos a contabilidade nesta sexta-feira, dia 13 de janeiro. Em seguida, vamos verificar com os Bombeiros qual a cidade mais necessita de ajuda no momento, para então encaminhar os materiais." A previsão, segundo a juiz-forana, é de que os donativos sejam entregues no fim de semana. "Temos um voluntário que se dispôs e levar os materiais e, alguns meninos vão acompanhá-lo para verificarem o resultado final do projeto", destaca.
Os interessados em ajudar podem fazer as doações até a sexta-feira, dia 20, das 12 às 19h, na rua Mariano Procópio 90, no Centro de cidade.
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Escoteira há dez anos
Engana-se quem pensa que essa é a primeira vez que Nízia faz o bem. Há dez anos trabalhando nos Escoteiros da cidade, a juiz-forana ressalta que o grupo sempre realiza trabalhos voluntários. "Estamos sempre envolvidos em atividades e campanhas. Ajudar está dentro da nossa lei. É promessa."
Com esse pensamento, Nízia segue com força de vontade, uma vez que o grupo que ela representa não tem fins lucrativos e nem apoio político. "Como temos poucos recursos, fazemos tudo com o menor custo possível. Sobrevivemos com o dinheiro que sobra das atividades e eventos que desenvolvemos." Boa vontade são palavras que não faltam. "Quando é para ajudar, um liga para o outro, fazendo com que o grupo ganhe forças e se movimente."
Além disso, segundo ela, o que mais cativa é o sorriso. "O agradecimento é o sorriso, a expressão de felicidade, demonstrando que o esforço valeu. É uma sensação de dever cumprido muito gratificante", descreve o voluntariado.
O pouco faz a diferença
Em julho do ano passado, Nízia participou de um mutirão regional envolvendo cerca de 150 jovens, com idades entre 18 e 20 anos, no bairro Linhares. No local, foram realizadas atividades voluntárias com a comunidade da região. "Alguns trabalhavam na produção de sabão, enquanto outros brincavam com as crianças na praça."
Esse trabalho, segundo ela, foi emocionante. "Quando as crianças da localidade viram pessoas novas na praça elas ficaram felizes. A gente sentia que além das crianças, a comunidade estava satisfeita com o contato e isso me emocionou demais. A sensação foi de ter feito tão pouco, que fez tanta diferenças para as pessoas", lembra.
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