Professores e técnicos do IFET de Muria? fazem protesto contra as condições precérias da rede federal

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Quarta-feira, 31 de agosto de 2011, atualizada às 19h28

Professores e técnicos do IFET de Muriaé fazem protesto contra as condições precárias da rede federal

Jorge Júnior
Repórter

Professores e técnico-administrativos do Instituto Federal de Educação de Ciência e Tecnologia (IFET) da cidade de Muriaé fizeram um protesto nesta quarta-feira, 31 de agosto, com o objetivo de chamar atenção para a situação precária da rede federal de ensino. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Ariovan da Silva Martins, os profissionais estão com os braços cruzados desde o dia 1º de agosto.

Além de Muriaé, nos campi das cidades de Santos Dumont e Rio Pomba, a greve está com adesão total dos profissionais. Já no campi de Barbacena e São João del-Rei, a adesão é parcial.

Segundo Martins, cada campus aderiu ao movimento em um dia diferente. "Em Barbacena, a greve começou no dia 7 de agosto; em Santos Dumont, foi no dia 26 e, em Rio Pomba, começou na primeira semana deste mês", pontua. Segundo Martins, esta postura demonstra que a greve está fortalecida. "É uma forma de ir contra a proposta apresentada pelo governo", diz.

Negociações

Na última quarta-feira, 24 de agosto, representantes do Sinasefe nacional tiveram um encontro com o ministro da educação, Fernando Haddad, em que os profissionais expuseram que o movimento continua forte. "Enquanto não obtivermos uma resposta representativa, vamos continuar com o movimento."

Martins explica que a categoria solicita uma reposição da inflação de 14,67%, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Queremos também a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, além da democratização do preenchimento para os cargos de direção do IFET." O presidente diz que, desde 2008, os profissionais não recebem um plano de carreira. "Estamos lutando pela destinação de 10% do PIB para a educação pública, porque não podemos admitir que mais da metade do orçamento do nosso país seja destinado ao pagamento de dívidas públicas enquanto a Educação receba menos que 3%."

Nesta quinta-feira, 1º de setembro, os representantes do Sinasefe de Rio Pomba vão promover uma assembleia. "Só vamos sair da greve, quando o governo solucionar esta situação. Não vamos aceitar mais o descumprimento da correção salarial", afirma o secretário administrativo do Sinasefe de Rio Pomba, Francisco Rodrigues.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken