Professores federais de JF rejeitam proposta do governo e permanecem em greve
Repórter
A proposta apresentada pelo governo federal na última sexta-feira, 13 de julho, não agradou aos professores de Juiz de Fora. E na assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 19, os servidores resolveram permanecer em greve, como explica o presidente da Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF), Rubens Luiz Rodrigues. "Apesar de termos considerado positiva a abertura de negociação do governo, concluímos que a proposta apresenta está aquém das nossas expectativas."
Segundo informações do governo federal, o aumento dos professores chegaria a 45%. Entretanto, o presidente da Apes-JF destaca que essa informação é enganosa. "Na verdade este aumento iria atingir apenas uma pequena parcela dos professores, correspondente a 8% a 10%. A grande maioria não teria reajuste algum ou teria algo bem abaixo deste índice divulgado."
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Segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.
A proposta
Na proposta apresentada pelo governo federal, os docentes com dedicação exclusiva e doutorado, que atualmente têm o salário inicial de R$ 2.436, passariam a receber R$ 8.439 em 2015. Ao atingir o topo da carreira, a renda seria de R$ 17.057. Segundo informações do Ministério do Planejamento o aumento real, descontando a inflação, será de 56,82% no salário final.
Já os professores com mestrado e em regime de 40 horas semanais terão aumento real de apenas 0,55% no salário final, em 2015. A remuneração chegaria a R$ 5,502. Em 2002, a renda era de R$ 2,574.
A assessoria do governo federal informou ainda que o impacto fiscal da oferta do governo aos professores de universidades federais será de R$ 3,9 bilhões nos próximos três anos.
Nova reunião
Nesta segunda-feira, 23, será realizada outra reunião entre representantes dos professores e do governo federal. "Nós orientamos o comando nacional de greve que reforce as nossas reivindicações. Principalmente as que se referem à reestruturação da carreira", destaca Rodrigues.
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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