Terça-feira, 14 de agosto de 2012, atualizada às 17h

Site da UFJF volta a operar parcialmente, após reunião entre comando de greve e reitoria

Andréa Moreira
Repórter
UFJF

O site da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) voltou a funcionar no início da noite desta terça-feira, 14 de agosto, após ficar quatro dias fora do ar.

A decisão surgiu após uma reunião entre a reitoria e o comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF (Sintufejuf), realizada na tarde desta terça-feira, na qual foi decidido o religamento de todos os serviços do Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional (CGCO), menos a plataforma Moodle, que é usada para o ensino a distância.

"Tínhamos o objetivo de impedir a manutenção de duas ferramentas do site. A primeira era o Siga Acadêmico, base na qual são feitas as matrículas. Mas sem este sistema não é possível realizar o pagamento dos bolsistas. E, como não queremos prejudicar, financeiramente, nenhum bolsista ou funcionário terceirizado, o comando de greve voltou atrás nessa medida," explica o coordenador-geral do Sintufejuf, Lucas da Silva Simeão.

Sobre a plataforma Moodle, Simeão ressalta que ela é usada apenas para o ensino a distância. "Entendemos que, como a educação presencial está em greve, a educação à distância também tem que estar."

O coordenador-geral ressaltou também que o sindicato não tem responsabilidade sobre o fato de o site da instituição ter saído do ar. "Nós realizamos um lacre simbólico no CGCO. O ato coincidiu com um corte de energia programado pela Cemig, sob a solicitação da universidade."

Manifestação

Após constatarem que os serviços estavam suspensos, estudantes de diversos cursos de graduação da UFJF movimentaram-se por meio de uma rede social, a fim de organizar um movimento pelo religamento dos servidores de internet da instituição, com ato realizado na tarde desta terça-feira no campus.

Em documento encaminhado à redação do Portal ACESSA.com, os estudantes destacaram que a manifestação não tem caráter contrário ou a favorável à greve. "Por meios pacíficos, exigimos que todos os serviços essenciais às atividades dos discentes e docentes voltem a funcionar (...). Alunos que esperam resposta de estágio, intercâmbio ou emprego estão incomunicáveis. (...) Ainda, com o módulo "Bolsas" do SIGA inacessível, os responsáveis não podem autorizar a liberação de recursos para alunos bolsistas acadêmicos ou dependentes do Apoio Estudantil. Ademais, há muitos projetos e programas que não param com a greve e estão com suas atividades paralisadas devido à suspensão da internet e dos sites".

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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