Quarta-feira, 3 de junho de 2015, atualizada às 16h32

Retorno de professores às escolas é de 100%, conforme levantamento da PJF

sinpro

A Secretaria de Educação de Juiz de Fora informou que os dados preliminares apontam retorno de 100% dos professores às escolas municipal, nesta quarta-feira, 3 de junho. Após 82 dias de greve da rede municipal de ensino, o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) decidiu em assembleia na terça-feira, 2, suspender a paralisação. De acordo com o representante do Sinpro-JF e vereador, Roberto Cupolillo (Betão), a categoria fez várias avaliações em torno das negociações com a prefeitura e decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). "A decisão da desembargadora colocava obrigatoriedade de retorno de 100% da educação infantil e 80% das outras séries, sendo que os 20% poderiam ter corte do ponto, retirando a obrigatoriedade de reposição. Para evitar estes conflitos, decidimos suspender a greve e movimentar outras táticas para resolver os impasses", explica.

A determinação aconteceu na última sexta-feira, 29, quando a desembargadora, Teresa Cristina da Cunha Peixoto, decidiu o retorno mínimo de professores, na segunda, 1°, sob pena de multa diária de R$ 20 mil para o sindicato. Como o sindicato já tinha assembleia agendada para terça, 2, para definir o andamento do movimento, os professores não retornaram no prazo estipulado por determinação judicial, voltando nesta quarta, após deliberação do magistério. A decisão da cobrança da multa fica a cargo do TJMG. "O recurso quanto a decisão da desembargadora deve sair até a próxima segunda-feira e o posicionamento sobre o artigo nono, daqui, no máximo, dois meses. A categoria está mobilizada e vamos continuar a luta", afirma.

A diretora, Eliane Paiva Fiorindo, da Escola Municipal Professor Nilo Camilo Ayupe, do bairro Paineiras, afirma que o retorno das aulas foi tranquilo e que alguns pais ligaram informando que seus filhos retornariam a escola apenas na segunda, devido o feriado. "Não tivemos nenhuma manifestação ou reclamação por parte dos pais. Na segunda, 75% dos professores já tinha retornado e já estávamos avisando por bilhete a possibilidade retorno total nesta semana. A secretaria não parou de funcionar e alguns professores também não entraram em greve", destaca.

Conforme o secretário de Educação, Weverton Vilas Boas, a reposição das aulas será avaliada caso a caso. A comissão especial, com a participação das secretarias de Agricultura, Fazenda e Transportes (Settra), teve primeira reunião na terça-feira, para planejar o calendário de reposição de quase 60 dias letivos. O calendários escolar deve fechar com 200 dias letivos e 800 horas de aula. "Tivemos escolas que não pararam 100%, por isso cada situação será diferente. Também temos que pensar nos impactos no transporte público, que tem redução de números de carros no sábado e aumento na quantidade de merenda escolar", explica. O calendário pode estender até fevereiro de 2016. O secretaria completou que caso alguma escola ainda não tenha retornado, a denúncia pode ser feita na Ouvidoria da Educação, pelo telefone 2104-7007.

O sindicato afirma que já enviou ofício com pedido de agendamento de reunião para discutir as reposições.


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