Solange Tavares

Solange Tavares Atleta juizforana conquistou o primeiro lugar em tr?s provas
no campeonato Brasileiro de Nata??o Master

Da nata??o ela j? ganhou v?rias medalhas, muitas amizades, experi?ncias. Das ?guas ela tirou supera??o, confian?a, determina??o e disciplina. Solange Tavares, no auge dos seus quase 50 anos, reflete, como nas ?guas claras de uma piscina, a mesma determina??o de quando tinha seus oito anos de idade, quando entrou no esporte por iniciativa pr?pria.

Solange foi Campe? Brasileira de nata??o Master em abril, pela categoria 45 a 49 anos, competi??o disputada em Bras?lia. No total, foram cinco medalhas, tr?s de ouro, nas provas 200 metros nado medley e nos revezamentos 4x50 livre e 4x50 nado medley. Conquistou ainda o 3? lugar nas provas de 1.500m e 400m nado livre.

"At? poucos dias da prova n?o sabia se ia poder disputar. Havia come?ado a treinar em setembro para a competi??o", conta, ela que exerce atualmente a profiss?o de advogada e que tamb?m ? formada em Educa??o F?sica.

Para alcan?ar os objetivos a tarefa dessa juizforana n?o ? f?cil. Na agenda cheia, com clientes, audi?ncias e processos, tira duas horas por dia, das 11h ?s 13h, para treinar. "Quando n?o vou, meu dia ? o fim. Sou disciplinada e determinada e meu treinador tamb?m ? assim, G?rson Moreira de Oliveira, ele sempre me chama de Telefunken(antiga marca de televis?o), que tinha o slogan Mania de perfei??o", brinca.

Para conciliar trabalho, esporte, fam?lia, um importante fator a impulsiona, talvez mais importante que o brilho das medalhas espalhadas sobre a mesa, resultado das metas que sempre tra?ou. "A nata??o ? o meu equil?brio. Quando n?o estou nadando, a disposi??o n?o ? legal, estou sempre cansada. A minha vida est? ligada a ?gua", se emociona. "Sem ela, n?o faria tudo que fa?o, ter motiva??o para programar para frente. ? uma filosofia de vida, n?o bebo, nunca fumei, alimento bem. Pra mim nata??o ? vida".

A paix?o

Nascida em uma fam?lia de desportistas, o pai foi jogador do Flamengo e o av? do Am?rica, come?ou cedo a dar suas primeiras bra?adas pelo Sport Club Juiz de Fora e depois pelo clube Bom Pastor. "Quando voltava da escola, via as crian?as saindo do Sport de cabelo molhado, eu dizia: eu tamb?m quero nadar. Sou muito determinada, fui sozinha na nata??o e a professora na ?poca me disse que s? podia entrar com autoriza??o do respons?vel. Corri e busquei o meu pai", lembra.

Das v?rias competi?es conquistadas, ela traz no curr?culo o t?tulo de campe? sulamericana em 2000. Agora, ela j? visa o sulamericano que acontece na Argentina no ano que vem.

Mas ter a nata??o como profiss?o ? para poucos. Sem muito apoio e patroc?nio, quem compete nesse esporte, o faz por um motivo que supera todas as dificuldades, o amor. "N?s bancamos o que fazemos por amor ? nata??o. O que se gasta por ano para competir ? muito alto. A viagem para Bras?lia ficou em torno de R$ 3.000. Mas at? quando estiver viva e ter condi?es, eu quero nadar".

Supera??o

Em certo per?odo, Solange enfrentou alguns problemas de sa?de, mudan?as hormonais mas n?o desistiu e seguiu em frente e competiu, trazendo uma medalha e bronze com valor de ouro como ela diz.

"Em 2001, competi na cidade de Santos. Estava entrando na menopausa, n?o podia ir. Pensei: eu vou. Tive contratura nas duas panturrilhas durante a prova e cheguei em terceiro lugar", lembra mostrando a medalha.

Novas competi?es e mais treinamento s?o os seus desejos. "? dif?cil. Minha profiss?o ? muito desgastante, levo trabalho para casa", conta ela que espera arranjar mais um tempinho para praticar muscula??o ? noite. Voc? duvida?

*Guilherme Oliveira ? estudante de Comunica??o Social da UFJF

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