Com uma mão e meia na taça!
Massacre. Atropelamento. Chinelada. "Sapeca iaiá". Várias são as expressões para definir a impiedosa goleada Tricolor sobre o Botafogo, que praticamente definiu o dono da taça no Campeonato Carioca. A expectativa era de um jogo equilibrado, já que de um lado estava um dos três melhores elencos do país e do outro, um time que vinha invicto na temporada e embalado após a bela conquista da Taça Rio.
Porém, o que se viu em campo foi praticamente um treino de ataque contra defesa. O Fluminense não se deixou abater com o gol sofrido logo no início e foi dono do jogo. Thiago Neves, que teve boa movimentação ofensiva, apesar do tornozelo ainda um pouco "baleado", e Fred, que fez mais um golaço contra o alvinegro, sua vítima predileta, foram peças importantes. Mas o autor dessa obra-prima em forma de vitória foi Deco, com co-autoria do decisivo Rafael Sobis.
O luso-brasileiro foi um verdadeiro maestro na meia cancha tricolor. Organizou as jogadas do time, deixou os companheiros na cara do gol, fez jogadas de efeito e só não fez chover porque não tem poderes sobrenaturais. "Como é bom ter um craque na equipe", deve ter pensado Oswaldo Oliveira. O técnico alvinegro foi apenas um espectador do show tricolor.
O Botafogo quase nada fez em campo. O time sentiu falta de Andrezinho, homem que coordena as investidas ofensivas. E, mais que isso, foi totalmente apático, principalmente por se tratar de uma decisão de campeonato. Destaque negativo para Elkeson, que, a cada partida, vem mostrando que os possíveis R$ 12,5 milhões oferecidos pela Juventus estão mais que de bom tamanho.
A discutível, porém já anunciada, expulsão de Lucas teve contribuição para a elasticidade do placar. Mas, de forma alguma, foi decisiva para a brilhante vitória do Fluminense. Somente uma anomalia tira esse caneco das Laranjeiras. Ao Botafogo, resta se reerguer e já pensar no confronto contra o Vitória, no meio de semana. Até porque, a Copa do Brasil é a principal competição do semestre alvinegro e essa primeira derrota na temporada, apesar do momento e da forma em que veio, não pode apagar o que vinha sendo feito de bom.
Para amenizar o semestre
O Galo da capital está muito perto do título mineiro. O time fez um bom jogo, pressionou o América e poderia ter saído com a vitória, se não fosse o gol irregular de Bruno Meneghel no apagar das luzes. A volta de Guilherme ao ataque atleticano, ao lado de André, deu mais poder de fogo à equipe. Mas os insistentes problemas nas laterais e na armação do meio-campo estão acabando com a paciência da torcida.
Um empate no próximo domingo basta, mas é bom que Cuca tome as devidas precauções defensivas, pois o Coelho já passeou contra o Cruzeiro e tem bons jogadores, como o goleiro Neneca, que mais uma vez foi o destaque do time, o volante Moisés, o meia Rodriguinho e o perigoso atacante Alessandro. O título do Mineiro servirá como uma espécie de paliativo, diante de mais uma eliminação precoce na Copa do Brasil. Porém, mesmo com a conquista, a massa atleticana já deixou claro que não vai se acalmar e é bom que a diretoria movimente-se para a disputa do Brasileirão, para que esse ano termine de maneira tranquila.
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Diego Alves tem 25 anos e é amante do futebol. É jornalista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pós-graduando em jornalismo esportivo. Hoje é comentarista do programa Na Área, da Rádio Universitária FM, também de Viçosa.
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