Matheus Brum Matheus Brum 4/05/2015

Para sempre Ayrton Senna

esporteDia primeiro de Maio chegou, ele sempre chega. Junto com as comemorações do Dia do Trabalho, o mundo do esporte se entristece com o aniversário de morte do maior piloto da história da Fórmula-1. Não tem como não lembrar do que aconteceu no circuito Dino e Enzo Ferrari, em Imola, na Itália, há vinte e um anos atrás. Naquele primeiro de maio de 1994, o Brasil inteiro estava à bordo da FW16 de Ayrton Senna, e na curva Tamburello, grande parte da Nação sentiu a pancada a mais de 300 quilômetros por hora que vitimou um dos maiores ídolos do esporte nacional.

Infelizmente não tive a oportunidade de ver ao vivo as corridas de Senna, mas sempre me delicio com as histórias contadas pelo meu pai, que viveu intensamente a época de ouro do automobilismo brasileiro. Aliado a isso, temos o advento da internet, que permite eternizar os principais momentos da carreira do piloto. Como não ficar de queixo aberto com o segundo lugar em Mônaco, 1984, debaixo de um temporal absurdo e guiando com carro fraquíssimo da Toleman?. Como não se emocionar com a primeira vitória da carreira à bordo da história Lotus preta em Portugal, 1985? Como não ficar enfurecido com Alain Prost após a palhaçada no Japão em 1989? Como não se emocionar com a vitória em Interlagos em 1991, vencendo a corrida com apenas UMA marcha em grande parte da corrida? Como não achar que Senna é um extraterreste ao reviver a primeira volta de Donington Park em 1993? Como não chorar ao ver o fatal acidente em Ímola em 1994?

A morte de Senna trouxe consigo uma série de mudanças para a seguranças dos pilotos. Justamente por isso, que depois de Ímola, nenhum outro piloto morreu nos autódromos, mesmo em acidentes muito mais graves do que os que vitimaram Senna e muitos outros. Por ironia do destino, as grandes mudanças só aparecem quando há grandes perdas. Isso faz de Ayrton maior do que tudo que já vimos dentro do automobilismo. Faz dele um ser imortal, porque mesmo que não o vejamos guiando carros aos finais de semana, o vemos nas mudanças que a F-1 tomou para evitar grandes tragédias. E é por isso que temos que sempre lembrar e celebrar o dia primeiro de maio, como o dia de Ayrton Senna do Brasil!

Outros destaques:

1º - Título merecido do Vasco. Mesmo não concordando com o jovem técnico Doriva, ao afirmar que é melhor jogar feio e vencer de um a zero, do que perder jogando bonito, o cruzmaltino conseguiu vencer os jogos importantes e levantou pela 23ª vez o caneco de campeão carioca.

2º - Não vou falar que a Caldense foi garfada, porque o lance de impedimento do Jô foi muito complicado. Seres humanos são passíveis de falhas, mesmo acontecendo nos grandes momentos do futebol. Há de se ressaltar que foi uma grande campanha da Veterana, sob o comando do talentoso Léo Condé, que não teve medo do Atlético-MG e colocou o time para frente, mesmo jogando em Varginha. Para o Galo, o título vai ser um ânimo grande para o confronto contra o Internacional pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América

3º - Santos mereceu ser campeão paulista. Tratado como a quarta força do estado e sendo boicotado pelas emissoras de TV, o Peixe conseguiu mesclar muito bem as jovens promessas com os medalhões e montou um time muito competitivo. Não sei se vai ter forças para brigar por algo grande no Brasileirão, mas o título paulista fica de bom tamanho para um início de gestão. Para o Palmeiras, a certeza de que esse elenco tem muito a melhorar, além de deixar claro que o time precisa se preparar melhor para as cobranças de pênaltis.

4º - Lamentável as cenas de violência na final do Campeonato Cearense. Esse tipo de cena da cada vez mais argumentos para aqueles que, infelizmente, defendem torcida única nos estádios.

5º - Olhar com atenção para o futebol paranaense. Atlético-PR disputou o "Torneio da Morte" nessa edição, e pela segunda vez seguida, um time pequeno leva o caneco para o interior do estado. O que está acontecendo com o Trio de Ferro, formado por Paraná, Coritiba e Furacão?


Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras", estagiário da Rádio CBN Juiz de Fora e editor e apresentador do programa Mosaico é nascido e criado em Juiz de Fora.

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