Trabalho, cordialidade e educação. Conheça mais sobre Gustavo Mendes, novo Diretor Executivo de Futebol do Tupi
Em bate-papo exclusivo com o Portal Acessa, diretor falou sobre suas origens e planos para o Galo Carijó.
Sentado em um banco vendo o treinamento do time. Vira e mexe, da uma olhada no celular, atende uma ligação, responde a uma mensagem no WhatsApp. Essa tem sido a rotina de Gustavo Mendes, novo Diretor Executivo de Futebol do Tupi, nos primeiros dias de clube. Ainda conhecendo o elenco, garante que não está pensando na Série B, e sim, em salvar o time do rebaixamento no Campeonato Mineiro, para aí, começar a pensar no Brasileiro. Em uma conversa, no campo do Instituto Metodista Granbery, onde o time realizou o último treinamento antes da partida contra o Tricordiano, em Três Corações, ele falou da sua carreira como Jornalista e também do seu preparo para essa nova função na instituição.
Matheus Brum : Gustavo, começando agora sua trajetória no Tupi, inclusive, você está acompanhando o treinamento do time, já deu para mapear o trabalho dos jogadores e do Drubscky?
Gustavo Mendes : Chego em um momento delicado, que é até mais difícil fazer um diagnóstico. Seria muito mais fácil se eu chegasse numa situação resolvida, por que aí você pode planejar e ver tudo com mais tranquilidade. É um momento complicado, onde pesa o ponto de vista emocional. É um desafio grande, não me neguei a assumir logo, e tenho convicção de que vai dar tudo certo. E, minhas primeiras observações são as melhores, né? Mas, obviamente, todas voltadas para um diagnóstico mais preciso e possível, para a gente poder propor novas coisas, para estruturar o clube, que é o motivo no qual eu fui contratado. Quanto à observação dos jogadores, é claro que eu vou contar com a ajuda da comissão técnica. Têm alguns atletas que eu já conheço, mas outras coisas a gente conta com a análise deles, com a vivência ao longo do Mineiro.
MB: E do atual elenco do Tupi, teve algum jogador que já trabalhou antes?
GM: Não, só de enfrentar. Não tive a oportunidade e o prazer de trabalhar com nenhum deles não.
MB: Seu antecessor, Cloves Santos, ficou muito tempo no clube, e por conta disso acabou se desgastando com a imprensa e os torcedores. Qual é a forma que você se relaciona com esses segmentos? Vai tentar trazer a torcida para mais perto do clube?
GM: É importante ressaltar que eu não sucedi o Cloves. Conheço ele, não pessoalmente, mas a gente já se cruzou no mundo da bola. Ele era um diretor estatutário e eu sou um profissional do futebol, sou um funcionário do Tupi. Se as funções tem correspondência é um outro assunto. Para todos os efeitos eu estou preenchendo uma vaga que não existia no clube. Com o que diz respeito ao tratamento, sou muito cortês, educado, aberto a todo mundo. Sempre tive um ótimo relacionamento com a imprensa e com os torcedores. Sempre atendo quem me procura, faz parte da minha função. Sou uma pessoa que aceita críticas e estou sempre aberto à ideias, embora, seja convicto das minhas opiniões. Enfim, desgaste é normal. Acho que o torcedor está no direito dele de cobrar, porque é um momento complicado. Ele pode contar com meu trabalho e meu empenho, e tomara que isso dê resultado. Acho que isso tudo vai dar certo.
MB: No futebol de hoje, o cargo de Diretor Executivo está muito badalado. Temos exemplos como Rodrigo Caetano, Alexandre Mattos, entre outros. Em alguns casos, a torcida chega a vibrar com a contratação de um profissional. Você acha que há uma pressão muito maior no trabalho de vocês? Acha ainda que o torcedor não sabe o que faz um Diretor Executivo?
GM: Eu acho que o futebol em geral não sabe o que faz um Diretor Executivo. Te falo que alguns Diretores não sabem de suas atribuições. Infelizmente somos confundidos como meros contratadores de jogadores, e isso é muito ruim. Essa é uma das atribuições. Há outras funções tão ou mais importantes que essa, como zelar por um bom ambiente, pensar em coisas novas, estruturar fisicamente o clube, tratar do material humano, tratar da comissão técnica, criar ferramentas para análises, dentre outras coisas. Mas o mercado é novo, é um nicho que está surgindo, e por isso há essa confusão. Eu sou uma pessoa preparada, estudei para isso, tenho experiência e currículo. Estou habilitado para exercer essa função.
MB: E falando desse currículo, você já trabalhou no Fluminense, Macaé, e outros times tradicionais. Como essas experiências te ajudam a chegar no Tupi, nesse desafio que é conduzir a equipe na Série B depois de 26 anos?
GM: Basicamente ajudou a moldar minha filosofia de trabalho, minha metodologia. Quando você trabalha em uma equipe grande, você aprende a pensar grande. Quando trabalha em um time pequeno, faz coisas que não pensava em fazer, e tem que fazer, seja por falta de pessoas ou de estrutura. Então eu acho que tive experiências que me mostram o que tenho que fazer e como tem que ser feito, porque eu já fiz, já vivenciei.
MB: Falando agora sobre sua graduação. Você é formado em Comunicação Social. Como é estar atrás do microfone agora?
GM: Já estive no meio dos jornalistas, atuando como assessor de imprensa. Mas, confesso que tendo trabalhado nessas áreas, perdi a vaidade e a necessidade do microfone, que acomete a muitas pessoas do futebol. Encaro isso como uma coisa inerente a minha função, não como um bônus que vai me trazer um benefício. Tenho que dar entrevistas, é natural, minha posição exige isso. Ter trabalhado no meio me da uma "cancha" para fugir melhor das perguntas, responder de uma melhor forma (risos).
MB: Voltando a falar de futebol, o Tupi está passando por um momento complicado, mas você já está mapeando atletas para a Série B? Já definiram o perfil de jogadores que desejam?
GM: Sinceramente, não! É hora só de pensar no Mineiro. Esse é o grupo que vai reverter a situação e que vai devolver essa tranquilidade ao Tupi, e eu confio plenamente neles. Não é hora de falar de Série B. Tenho ideias, tenho que ter, sou pago para isso. Porém, não trato nada sobre esse assunto até o final do Estadual.
MB: E qual a mensagem que você deixa para os torcedores para essa reta final de Estadual e também para a Série B?
GM: Olha, vou revelar uma coisa que eu falo para os jogadores no qual trabalho. Eu nunca, jamais, em tempo algum desejo sorte. Desejo sempre um bom trabalho. Pensando nisso, quero dizer aos torcedores do Tupi que eles podem contar com o meu trabalho e meu empenho. Isso eles não vão ter dúvidas em nenhum momento. E tomara que isso dê certo e que os torcedores possam comemorar junto comigo um grande ano.
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- Tudo que começa mal, termina....
- Mais um vexame rubro-negro
Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.
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