Papai Noel dos Correios tem mais de seis mil cartas apadrinhadas
Repórter
Mais de seis mil cartas endereçadas ao Papai Noel e cadastradas nos Correios foram apadrinhadas até esta sexta-feira, dia 4 de dezembro. A entrega dos presentes já começou a ser realizada. Segundo o coordenador administrativo do projeto, Marcos Braga, a cada dia são feitas até 1.500 entregas.
Ele explica que a procura por apadrinhamento foi intensificada nesta semana em função da proximidade com o dia do pagamento. A meta é conseguir atender aos pedidos das 12 mil cartas cadastradas. O apadrinhamento pode ser feito até o dia 18 de dezembro, no estande montado ao lado da agência dos Correios da rua Marechal Deodoro, das 9h às 17h.
Segundo Braga, a maioria dos pedidos, mais de nove mil, são referentes a brinquedos simples, como bolas, carrinhos e bonecas. Cestas básicas também estão entre os itens mais solicitados pelas crianças.
O professor Antônio Luzia de Jesus, 51, conta que aderiu ao projeto há vários anos. Desta vez, apadrinhou sete cartas. Presentear as crianças carentes no Natal é a forma que ele encontrou para ajudar as pessoas. "Tenho uma dívida com a sociedade. Fui um garoto de rua e cheguei a ser aluno da Febem [Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor]. Eu dizia que um dia poderia fazer alguma coisa por alguém. Hoje, tenho a satisfação de ajudar porque fui ajudado quando criança."
A aposentada Heloísa Ramos, 68, já incluiu o apadrinhamento das cartinhas em seu planejamento de fim de ano. "Participo do projeto há cerca de cinco anos. Esta é uma época em que a garotada espera alguma coisa e nem sempre ganha o que quer. Procuro auxiliar naquilo que posso", diz.
Já a aposentada Maria Aparecida Freitas, 49, está apadrinhando uma criança pela primeira vez. "Todo ano, acompanhava a divulgação do projeto e dizia que ia participar. Esse ano tomei a iniciativa. Espero poder colaborar sempre."
A dona de casa Bia Ruiz, 50, que trabalhou no cadastramento dos pedidos e agora auxilia no processo de apadrinhamento, fica emocionada ao falar da experiência de participar do projeto como voluntária pela primeira vez. "Para mim é muito gratificante. É o meu presente de Natal."
O que mais a impressiona no conteúdo das cartas é a simplicidade de muitos pedidos. "Li uma carta em que a criança dizia que comia arroz, feijão e fubá todos os dias. Ela pediu de presente uma coisa diferente para comer no Natal. Outras pedem chocolate, caixa de bombom." Bia acredita que esta é uma campanha da qual todos podem participar. "Posso não ter muito para dar para uma criança carente, mas estou doando o meu tempo. Isso posso oferecer."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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