Classe média: que novo Cliente é este?
Não há dúvida que os hábitos de consumo estão mudando e, com isto, se faz necessário que as empresas também mudem seus métodos de venda e de oferta de produtos e serviços. As estatísticas não deixam dúvidas. Com o ganho de renda dos trabalhadores nos últimos anos, o Brasil é um país de classe média. Economistas calculam que 55% da população podem ser considerados assim. Mas que classe média é essa?
É uma classe que foi inserida, principalmente, no comércio, em serviços e em pequenas indústrias. É mais explorada, aceita trabalhar 12, 14 horas por dia. A ascensão dessa classe ao consumo é real. E isso é extremamente positivo, porque antes nem essa possibilidade existia. A sociedade moderna têm dois capitais importantes, o econômico e cultural. Essa visão empobrecida (de classe média) considera apenas a renda.
A globalização, a constituição de blocos econômicos e a redução das barreiras ao comércio entre os países introduziram empresas e produtos a indivíduos e consumidores antes pouco conhecidos e explorados, como, por exemplo, os mercados dos países emergentes e da população de baixa renda.
"Se o Brasil está se transformando em um país de classe média — como afirmou a presidente Dilma Rousseff recentemente no Rio, ele não está sozinho. Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que, neste quesito, estamos ao lado de China, Índia, África do Sul, Turquia, Bangladesh, Chile, Gana, Ilhas Maurício, Ruanda, Tunísia, entre outros. Segundo o Pnud, entre 1990 e 2010, a classe média que vive nos chamados países do Sul (a forma como o Pnud se refere às nações emergentes) passou de 26% a 58% do total desse grupo no mundo. Até 2030, 80% desse segmento social deverão viver nesses países e responder por 70% do consumo do mundo" (jornal O Globo 14/3/2013 - A reportagem cita os estudos das sociólogas Christiane Uchôa e Celia Kerstenetzky, da UFF, que analisaram os indicadores sociais da nova classe média, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2009, do professor Jessé José Freire de Souza, diretor do Centro de Pesquisa sobre Desigualdade da Universidade Federal de Juiz de Fora, do Especialista em economia internacional, Luiz Carlos Prado, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do criador do conceito "nova classe média", o economista Marcelo Neri, presidente do Ipea - Istituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
As oportunidades estão no mercado. Inovar é também servir, ou seja, adequar o composto mercadológico de nossa empresa. A solução do problema que desejamos resolver é que, muitas vezes, nos dará a diferenciação competitiva, é essencial levar em conta as informações socioeconômicas de seu público-alvo para adequar o seu planejamento dentro destas necessidades.
Empresário/Executivo: a sua empresa está preparada para atender esta nova classe de Cliente?
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- Inclua o treinamento no planejamento estratégico para 2013
Roberto Monti é consultor de Marketing. Co-autor do livro (IN)Fidelidade, Uma Questão de Qualidade Clientes Sonham, Empresas Concretizam. Editora Virgo - São Paulo, 09/2000.
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