Proximidade do verão aumenta em até 40% a procura por academias em Juiz de Fora
Atividades físicas dentro da água também têm tido demanda por conta do calor. Apesar do aumento, o mês de dezembro promete queda no número de matrículas
Repórter
14/11/2012
Faltando apenas 35 dias para a chegada da estação mais quente do ano, os juiz-foranos já têm se movimentado e procurado realizar atividades físicas, de olho nas praias e piscinas. Para os proprietários das academias da cidade, vários fatores influenciam e favorecem um aumento no número de matrículas nos últimos meses, e a tendência é que esta estimativa suba neste mês e caia em dezembro.
De acordo com o proprietário da academia Fórum, Marcelo Brigatto, o aumento gira em torno de 30% a 35%. "Há um interesse maior nos meses que antecedem o verão e isso se dá a partir de agosto, intensificando-se em outubro e principalmente novembro", explica, acrescentando que, apenas no mês passado, foram registradas 160 novas matrículas. "Acredito que as pessoas procuram as academias nessa época pela oportunidade e necessidade de deixar o corpo mais à mostra pelo grande calor, com viagens para a praia, por exemplo."
Na academia Black Fitness, o aumento registrado chega a 40%, apesar do número de matrículas não variar muito durante o ano. Já na Estação Fitness, o proprietário garante que o faturamento chega a crescer em até 60%, comparando com os dias normais. "O aumento de pessoas tem início depois das férias de julho e vai até novembro, grupo formado principalmente por estudantes que oscilam entre entrar e sair das academias", explica Guilherme Weiss.
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Esse é o caso da estudante de engenharia Carolinne Moreira, de 24 anos, que entrou recentemente em uma academia. "Eu preciso malhar por conta da saúde, mas a verdade é que quando lembramos da chegada do verão, a vontade de ganhar massa muscular aumenta", diz. Segundo ela, a procura foi por um local que oferecesse fisioterapeutas e profissionais gabaritados de educação física. Carolinne ainda acrescenta que conseguiu marcar seus exames rapidamente, mas não vai à academia por volta das 18h, porque é considerado o horário de pico. "Tem ficado muito cheia por conta do pessoal que sai do trabalho nesse horário", relata.
Já o jornalista Anderson Oliveira alega ter começado a malhar há cerca de uma semana pelo ganho de peso adquirido durante o inverno. Com a crescente demanda, ele conta que teve dificuldades para marcar os exames médico, de avaliação funcional e o programa de adaptação. "Só consegui começar a me exercitar uma semana depois de realizar a matrícula na academia. Os exames foram marcados separadamente, cada um em um dia, o que atrasou o processo", explica.
Atividades na água
Outra procura em crescente expansão é a atividade física dentro da água. Na academia de natação e hidroginástica Medley, por exemplo, o sol tem atraído novos adeptos e o aumento nesta época oscila em 30%. "Pelo fato de o mês de outubro ter sido muito quente, estamos com novos alunos na academia", conta a sócia-proprietária Érica Mendonça Lage.
Segundo ela, o estabelecimento conta com os alunos fixos durante o ano, formados principalmente por pessoas da terceira idade que estão mais preocupadas com a saúde. "Temos nosso público assíduo e os jovens formam a parcela flutuante que procura a natação ou hidroginástica apenas quando o tempo está aberto", afirma.
Queda em dezembro
De acordo com Brigatto, o mês de dezembro é considerado um dos piores do ano para as academias, tanto pela diminuição no número de novas matrículas quanto pelo aumento dos desligamentos. "Aqui na cidade, como grande parte dos alunos moram fora ou trabalham no comércio, acaba ocorrendo um esvaziamento curioso devido às férias e ao período de trabalhos extra de alguns setores", explica.
Para ele, essa oscilação prejudica a continuidade do tratamento físico uma vez que o movimento ainda está vinculado ao clima. Já para Érica, o principal agente negativo de dezembro é o aumento no número das chuvas, que estendem-se até janeiro e fevereiro. "Normalmente, a procura só começa a aumentar depois do carnaval". A academia Black, que alegou ter um perfil de público diferente das demais, já que é formado por menos estudantes, também concorda com a afirmativa.
Os textos são revisados por Juliana França
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