Comerciantes reclamam de movimento baixo em função da Copa do Mundo
Com transmissão de todos os jogos na TV aberta, comércio acredita que torcedor prefere ficar em casa assistindo às partidas
Repórter
17/06/2014
Enquanto o segmento de artigos esportivos, em especial os relacionados à Copa do Mundo, celebram o aumento das vendas em função ao Mundial, a maioria dos comerciantes reclamam do baixo movimento nos dias de jogos. E não só do Brasil.
Para a gerente de uma loja de roupas, Alex Sandra Marques, o Mundial só alavancou o comércio nas cidades-sedes. "O pessoal no Brasil todo está voltado para a Copa. Acho que o comércio só foi favorecido nas cidades-sedes. Hoje fechamos uma hora antes do jogo, tem feriado no fim da semana e perdemos vendas. Nem o Dia dos Namorados salvou este ano. O movimento no mês de junho caiu muito. Você vê que o movimento nas ruas é menor que em outros anos", opina.
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A opinião é partilhada pelo gerente de uma loja de joias, Oscar Barreto. "As vendas caíram uns 70%. Os clientes preferem ficar em casa, assistindo aos jogos, que passam na TV aberta, do que vir à rua. A gente estima que o movimento caiu um mês antes da Copa", explica. Segundo Barreto, no entanto, as vendas foram satisfatórias no Dia dos Namorados. "O que salvou o mês foi o Dia dos Namorados, que vendemos cerca de 90% a mais na época", diz.
Já para a também gerente de uma loja de roupas femininas, Karina Oliveira, o que pesou foi o excesso de feriados. "No dia dos jogos, as pessoas já não saem de casa, começam a se preparar desde cedo. Nos outros jogos, quem pode ficar em casa pra assistir, fica. Mas tivemos muitos feriados próximos, o que também prejudica o segmento. Estimamos uma queda de 20% a menos nas vendas", conta.
A queda nas vendas do comércio, no entanto, eram esperadas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciantes (Sindicomércio) de Juiz de Fora, Emerson Beloti, esta reclamação acontece de quatro em quatro anos. "Toda Copa do Mundo é a mesma coisa. Cerca de 10% do comércio varejista se aproveita muito porque têm produtos pros jogos e acabam vendendo artigos pra Copa. Os outros 90% sofrem. Ainda tem os dias que ficamos parados, em função dos feriados. Todo brasileiro gosta de futebol, mas comercialmente tem atrapalhado bastante", concluí.
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