Quarta-feira, 7 de outubro de 2015, atualizada às 16h43

Contratações de fim de ano caem 40% em comparação ao ano passado em JF

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A proximidade das festas de fim de ano faz com que o comércio se movimente e contrate mais funcionários para atender o aumento da procura. No entanto, apesar de ainda estar em busca de novas vagas, a expectativa para 2015 é menor do que no ano passado.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, a crise econômica vivida pelo país afeta as contratações. "O setor varejista está um pouco mais devagar em relação a isso, enquanto o de serviços têm mais volume. Percebemos isso em nossas pesquisas, mas é importante dizer que fizemos um realinhamento das nossas expectativas, em função dessa fase difícil. Nossa expectativa é de 600 vagas, no ano passado foram mil. O empresário acredita no Natal, mas tem que estar com uma política mais conservadora", conta.

Além do número de contratações diminuir, Beloti revela que os comerciantes estão optando pela contratação de outro tipo de funcionário para o final do ano. "Nós temos um grupo de ofertas de emprego com 47 mil pessoas. Percebemos que quem está encontrando mais dificuldade são as pessoas que estão entrando no mercado agora. Tradicionalmente, se abre muitas vagas para esse perfil no fim de ano, mas as coisas estão diferentes esse ano, as empresas estão dando prioridade para quem já tem experiência", comenta.

O gerente de recursos humanos da Arpel, Eduardo Delmonte, fala que a empresa não deve contratar para o fim do ano. "Não pretendemos fazer novas contratações para dezembro. No momento estamos contratando, mas pela rotatividade normal dentro da empresa, por isso há vagas, apenas para preencher o quadro", diz.

Segundo pesquisa Pulso Brasil, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), os brasileiros estão comprando menos. Os dados apontaram que os consumidores optam pela compra de produtos mais baratos, como artigos de telefonia e eletroportáteis e compram menos eletroeletrônicos, como televisores e home theaters. Na percepção de 43% das pessoas, as condições financeiras estão piores, ou muito piores, agora. Em 2014, esse percentual era 12%.

No primeiro semestre deste ano, 70% dos entrevistados disseram não ter adquirido itens como geladeira, freezer, máquina de lavar roupa, telefones, móveis, eletroeletrônicos, eletroportáteis, computadores, impressoras, notebooks, tablets, automóveis, câmeras fotográficas digitais, videogames ou filmadoras.

Para 32%, a falta de dinheiro foi o principal motivo para não comprar tais produtos e, para 28%, foram os preços muito altos. Apenas 16% afirmaram ter conseguido adquirir tudo o que queriam.

A pesquisa indica também que 77% não pretendem comprar nenhum desses itens em breve. Entre os que desejam fazer alguma compra, 8% pensam em produtos da linha branca; 6%, em artigos da linha marrom; 5%, em móveis; 4%, em celulare;, 3%, itens de informática; 2%,em  automóveis; 1%, em eletroportáteis; e 1%, em eletrônicos.


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