Cantora, compositora e estudante de Letras lan?a seu primeiro cd com recursos da Lei Murilo Mendes de Incentivo ? Cultura
Rita Couto
*colabora??o
11/05/2005
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Dona de uma voz forte e imponente, Nanda Cavalcante fez sua primeira apresenta??o em p?blico aos 17 anos no Festival da Can??o de Goian?, mas sua forte rela??o com a m?sica come?ou bem antes.
Ainda na escola, Nanda cantava pelos corredores e participava das apresenta?es dos alunos no fim do ano.
A inspira??o vinha de casa. Sua m?e tamb?m era cantora em um coral, seu irm?o tocava viol?o e seu pai tinha uma voz semelhante a de Nelson Gon?alves. Com a m?sica correndo nas veias da fam?lia, Nanda n?o podia seguir outro caminho.
O in?cio
O primeiro pr?mio que a cantora ganhou foi em 2002, na 12? edi??o do mesmo
festival em que iniciou sua carreira. "Foi muito legal ganhar meu primeiro
pr?mio no lugar que me fez ficar conhecida na regi?o e ainda foi o pr?mio de
melhor int?rprete. Eu n?o esperava por isso. S? depois ? que passei a
reconhecer que eu tinha potencial e precisava investir nele".
Essa vit?ria abriu as portas para muitas outras. Desde 2002, a artista fica entre os primeiros lugares em todos os festivais que participa. "Fiquei mais feliz ainda com os pr?mios que ganhei em 2003, pois estava apresentando Acorde, uma m?sica que eu mesma escrevi", revela.
No in?cio da carreira, a fam?lia n?o apoiava muito a escolha de Nanda. "Eu fui convidada para cantar em uma das mais famosas casas noturnas de Juiz de Fora e aceitei. Tinha s? 17 anos e eles achavam que n?o era trabalho, que eu ficava bebendo e me drogando, coisas desse tipo. Tinham at? vergonha de dizer, quando algu?m perguntava, que a minha profiss?o ? cantar. Agora j? ? diferente. Faz uns sete anos que a minha m?e percebeu que encaro a m?sica com seriedade e, a partir de ent?o, todos me apoiam", conta.
As inspira?es
Nanda, al?m de cantar, tamb?m toca viol?o e comp?e. A inspira??o para as
m?sicas vem de situa?es do cotidiano, de experi?ncias pessoais.
"?s vezes estou andando na rua, vem uma id?ia na minha cabe?a e fico desesperada para anotar. Ainda vou comprar um gravador, vai ser muito ?til!", brinca. "Mas teve uma vez que foi interessante. Eu estava em casa lavando lou?a e pensando em um problema profissional que estava me incomodando, quando me veio a id?ia de fazer uma m?sica sobre isso. Fui para o computador escrever a letra e saiu a can??o Do Fub? ao Angu, que est? no CD. ? assim que componho, a inspira??o vem e pronto. ?s vezes fa?o primeiro a melodia ou os arranjos, ?s vezes a letra, depende do que vem primeiro", diz.
Al?m de seguir a carreira solo, Nanda ? vocalista de mais duas bandas de Juiz de Fora, a Samba e Cia e a Vina, e tamb?m faz o curso de Letras, na UFJF. "Sempre fui muito esfor?ada, mas com tantos compromissos ? dif?cil conciliar a faculdade e a carreira como cantora. Eu me imagino formada, talvez como professora de portugu?s ou de literatura, mas amo cantar e n?o pretendo parar. Ent?o, vou tentando levar os dois sonhos juntos".
O reconhecimento
Todo o esfor?o da artista ser? ainda mais valorizado com o lan?amento do seu
primeiro CD, no dia 12 de maio. O disco foi produzido com recursos da Lei
Murilo Mendes de Incentivo ? Cultura. "Ter um projeto aprovado pela Lei
Murilo Mendes ? muito dif?cil. Eu tentei uma vez no final de 2003 e n?o
consegui. Fiquei muito decepcionada, mas tentei de novo. Nesse meio tempo,
decidi gravar um demo com seis faixas e, por coincid?ncia, quando ele ficou
pronto, o meu projeto foi aprovado pela lei".
Assim nasceu o disco que cont?m sete composi?es autorais da artista e dos m?sicos que a acompanham e duas releituras, ?guas de Mar?o (Tom Jobim) e FM Rebeldia (Alceu Valen?a).
*Rita Couto ? estudante do terceiro per?odo de Comunica??o Social da UFJF
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