Liraa apresenta queda de 51% no Índice de Infestação Predial em relação a janeiro
*Colaboração
O Índice de Infestação Predial (IIP) do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) do mês março, em Juiz de Fora, apresentou queda de 51% em relação a janeiro de 2011. Os números da Secretaria de Saúde da cidade apontam que no primeiro levantamento do ano o índice chegou 6,40% e, agora, está em 3,27%. Número é o menor registrado nesta época do ano, no período entre 2007 e 2011.
Segundo o secretário de saúde de Juiz de Fora, Cláudio Reiff, o resultado mostra que as ações adotadas pela Prefeitura de Juiz de Fora surtiram efeito no combate à dengue. Reiff afirma que, historicamente, o mês de março é pior que o de janeiro e, pela primeira vez na história, apontou números melhores. "Estamos chegando ao período de ápice da doença e conseguimos diminuir consideravelmente o índice", comenta.
Apesar da melhora, o secretário acredita que ainda é cedo para comemorar. "Tivemos uma redução muito boa, mas não podemos relaxar." Ele afirma que a previsão era de cerca de 60 óbitos por dengue na cidade e, até o momento, nenhuma foi registrada. "Não tivemos casos graves da doença em Juiz de Fora, isso mostra que estamos em uma tendência de queda."
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Números
Segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, 489 casos confirmados da doença foram registrados na cidade em 2011, contra 1.946, em 2010, o que representa uma redução de 75%. Reiff comenta, que no início do ano, a expectativa era de um crescimento de 200% no número de casos. "A previsão era de um crescimento enorme, baseado no histórico, e conseguimos ter uma redução significativa. Isso é importante." Em 2011, foram notificados 770 casos, contra 2.091 em 2010.
Novas ações
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Ivander Mattos Vieira, todos os resultados obtidos servem para definir as novas ações de combate. "Hoje, estamos com uma preocupação especial com os bairros Marumbi, Progresso e São Mateus. São localidades que apresentaram um aumento pequeno, mas que queremos evitar uma proliferação maior." Também serão realizadas as batalhas locais, nas quais 20 bairros, com maiores índices serão escolhidos para serem alvos das ações de combate. "A cada semana, a cada novo balanço temos que mudar o nosso foco."
População
De acordo com Reiff, é importante que o combate seja feito pela própria população. Cerca de 28% dos focos foram encontrados em depósitos móveis, como vasos, pratos, bebedouros, frascos, entre outros. Já caixas de água e depósitos fixos, como tanques em obras e borracharias, calha, lajes, e outros, representam 26% dos focos. Logo depois, lixo e sucatas em ferro velho, que são responsáveis por 22% dos focos. "Podemos perceber que aproximadamente 80% dos focos envolvem a ação da população."
*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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