Acúmulo de água no Teatro Paschoal Carlos Magno traz riscos à saúde da população
Moradores da Marechal Deodoro reclamam que o terreno está mal cuidado. Funcionários do local relatam que existem ratos na obra
*Colaboração
14/2/2013
Uma obra parada na rua Gilberto de Alencar tem tirado o sono dos moradores e funcionários da região. A construção, iniciada em 1980, que deveria abrigar o Teatro Paschoal Carlos Magno, mas foi embargada por falta de dinheiro, e, atualmente, funciona como um depósito de materiais para a montagem de palcos, barracas e estruturas feita pela Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), quando ocorrem eventos na cidade.
Com isso, os moradores da rua Marechal Deodoro reclamam que o terreno está mal cuidado. "O mato está grande e existem poças de água acumulada, o que pode intensificar o risco da dengue. Estamos com medo, ainda mais porque aumentou o número de pernilongos. Temo, ainda, pelas crianças, já que aqui perto há uma creche', alerta um residente do local. Outra moradora explica que a situação é muito preocupante. "Minha filha já teve dengue, e eu estava para ligar para a Prefeitura e pedir que eles resolvessem o caso. Meu receio é, principalmente, por ser o período de chuvas, o que acaba acumulando muita água no local."
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Para um funcionário que trabalha no lugar, o risco tem sido constante. "Dois colegas meus tiverem dengue, o último foi há quatro meses, e nós temos certeza de que ele pegou aqui. Os telhados estão quebrados, e por isso acumula água. Além disso, os agentes estiveram no teatro e espalharam uma substância, mas eles não foram até o telhado porque é difícil o acesso." Ainda segundo o trabalhador, que não quis ser identificado, na obra há roedores enormes, e os funcionários ficam com medo. Ele revela, também, que a população do entorno já reclamou dessa situação com eles.
Segundo o funcionário de um estacionamento, que também preferiu manter a sua identidade preservada, a Prefeitura esteve no estacionamento na semana passada. 'Já é a segunda vez que os agentes nos visitam, a pedido do meu patrão, caso contrário, eles não vêm. Aqui tem muito pernilongo, eles jogaram um remédio, mas na obra parada não jogaram nada", diz.
De acordo com a assessoria da Funalfa, a limpeza do local é feita regularmente, porém, com o período de Carnaval não houve atividades. Segundo o órgão, o problema com os roedores é normal, mas sempre é realizada a limpeza na edificação. Ainda de acordo com a Funalfa, já está sendo providenciada a limpeza e capina. A assessoria esclareceu também que o reparo é feito no lugar de acordo com a demanda.
Conforme a assessoria da Secretaria de Saúde, os agentes de endemia também receberam reclamações e vão fazer as vistorias nesta sexta-feira, 15 de fevereiro, às 9h. Além disso, serão recolhidos alguns materiais. A partir dessa visita, o teatro será colocado na lista de pontos estratégicos da cidade, e será vistoriado de 15 em 15 dias. Posteriormente à visita, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) irá realizar a capina no local.
*Cintia Charlene é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Juliana França
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