Você é um dependente químico?
Estima-se que 15% dos usuários de álcool e drogas sejam dependentes químicos, portanto possuímos diante dos nossos olhos um problema de saúde pública irrefutável. Somando os dependentes aos abusadores de drogas, temos a representação esmagadora das estatísticas dos homicídios, laudos cadavéricos, acidentes automobilísticos, prisões, doenças crônicas, conflitos familiares, violência doméstica...
Qual seria a fronteira entre quem usa, abusa e quem se torna dependente químico?
No grupo de quem usa, representam aqueles que eventualmente têm um contato com a droga, sem nenhum dano ou perda maior.
No grupo dos abusadores estão as pessoas que têm algum prejuízo de ordem psicológica, social, familiar, financeira ou física (mesmo que não se perceba o prejuízo), como por exemplo; ficar pouco tempo com a família por preferir festas, atrasar no trabalho por causa da ressaca, sentir confusão mental ou culpa, gastar demais em bares...
Já o dependente químico se caracteriza pela perda de controle da própria vida porque sua rotina gira em torno de 3 momentos: planejar o uso da droga, usar a droga, e curar a ressaca até começar o ciclo vicioso novamente.
É importante dizer que todo dependente químico já foi um abusador e que a evolução da doença faz parte do quadro sintomático.
A origem da doença da dependência química é multifatorial, tendo componentes bioquímicos, culturais, comportamentais e emocionais envolvidos, portanto não é uma ciência exata e qualquer tentativa de definição pode se reducionista ou preconceituosa, não pretendo neste espaço, sanar todas as dúvidas sobre o assunto, mas mostrar possíveis caminhos a quem quer e precisa de ajuda...
Critério de Classificação Internacional da Dependência Química (CID 10)
- Desejo forte ou compulsão para consumir a substância (a droga é o elemento que te dá mais prazer na vida?)
- Dificuldade de controlar o início e o término do consumo da droga (você não consegue administrar o uso, sabe como começa a usar mas não sabe como vai terminar).
- Sintomas de abstinência (você sente mau humor, sudorese, taquicardia, tremedeira, ansiedade, dor de cabeça sem a droga?)
- Evidência de tolerância (você precisa de doses maiores da substância psicoativa para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas?)
- Abandono progressivo de interesses alternativos (você parou de praticar seu hobby, de se dedicar a seus gostos pessoais/ profissionais por causa da droga?)
- Persistência no uso da substância mesmo sabendo das consequências nocivas (você percebe que tem perdas com o uso da droga e mesmo assim continua usando?)
Se você se identificou com 3 ou mais critérios de diagnóstico de dependência química ou visualizou um amigo ou parente, mostre para ele o texto, saiam do isolamento e consultem um profissional da saúde especializado em dependência química, nós podemos te ajudar, temos as ferramentas terapêuticas que mais funcionam no combate à manifestação dos sintomas da dependência química, ter a doença é inevitável, retroalimentá-la é opcional...
Cecília Junqueira
Gestora ambiental, pós-graduada em problemas ambientais urbanos e integrante da "Mundo Verde projetos ambientais".
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