Quando o AVC afeta a fala e a linguagem
O Acidente Vascular Cerebral, AVC, é uma doença cerebrovascular aguda, que afeta mais as pessoas acima de sessenta e cinco anos, embora também possa se manifestar nos jovens. Esses são os motivos pelos quais todos nós precisamos estar cientes e alertas diante de alguns sintomas, que detectados a tempo pode fazer grande diferença entre a vida e a morte e o tratamento possa ser iniciado imediatamente.
O acidente Vascular pode ser isquêmico ou hemorrágico. Quando isquêmico, o fechamento do vaso sanguíneo interrompe o fluxo de sangue em uma determinada região do cérebro que vai afetar as funções daquela região. O maior índice de ocorrência dos Acidentes Vasculares é isquêmico. No AVC hemorrágico, o próprio nome já diz, existe o sangramento, conhecido como derrame, que diferente do isquêmico, pode abranger mais áreas, de forma difusa.
Além de distúrbios na visão, fraqueza muscular nos braços, pernas e face, acompanhada de dormência, convulsões, o AVC pode afetar a fala e a linguagem. Os fatores de riscos que originam os AVCs estão geralmente na hipertensão arterial, no tabagismo, no álcool e no diabete.
O diagnóstico assertivo é crucial para os primeiros cuidados. A história de vida da pessoa associada com indício súbito de déficit neurológico, alteração do nível de consciência são sinais para a correta interpretação do AVC. Estes sinais são o primeiro passo para o médico iniciar o diagnóstico. Em seguida, a solicitação de exames específicos para o tratamento deverá ser de imediato.
O prognóstico vai depender da gravidade de cada caso, pois certos AVCs podem comprometer todo o organismo. Leva-se em conta também a idade pela plasticidade cerebral. Quanto mais jovem e menos grave, as chances de melhora aumentam. A repetição do AVC pode acontecer após a primeira vez.
Quando o AVC afeta a fala e a linguagem - a comunicação com um todo -, a equipe deve ser constituída por médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e fonoaudiólogo. Lembrando que o AVC é uma questão de saúde pública. O AVC é hoje a principal causa de morte no Brasil e a terceira doença que mais mata no mundo, segundo informações científicas. Os mais pobres são as principais vítimas e o tratamento de primeira hora, que faz toda a diferença na recuperação das pessoas acometidas, deixa a desejar, informa a revista- conversando com especialistas. Portanto, todos os usuários têm direito a todos os tratamentos necessários.
A terapia fonoaudiológica deve estar voltada para a reabilitação da comunicação da pessoa afetada pelo AVC, pois é comum nesses casos. O diagnóstico fonoaudiológico inclui avaliações de fala, funções cognitivas, compreensão e expressão da linguagem.
As informações dos familiares são fundamentais para facilitar na conduta do tratamento. Além de exercícios específicos na clínica, a pessoa acometida de AVC deve estar sempre acompanhada de alguém próximo que irá auxiliar nos exercícios em casa.
Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia
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