Servidores da Superintendência Regional de Saúde realizam manifestação em frente ao Pam Marechal
*Colaboração
Em greve desde o dia 5 de julho, os servidores da Superintendência Regional de Saúde (SRS) realizaram uma nova manifestação na manhã desta quarta-feira, 1º de agosto, em frente ao Pam Marechal, na rua Marechal Deodoro. Munidos de faixas, cartazes, apitos e caixa de som, os grevistas prestavam esclarecimentos à população a respeito das reivindicações e denunciavam as práticas consideradas irregulares pela administração estadual.
"Vamos continuar realizando nossos atos públicos, já que precisamos mostrar para as pessoas a respeito da nossa situação, e ainda promover visibilidade para nosso movimento", explica o servidor à frente do Comando de Greve Regional da SRS, Victor Pereira, referindo-se à localização central escolhida para o ato desta manhã. Na ocasião, ele ressaltou o apoio que está sendo oferecido aos trabalhadores estaduais municipalizados, que trabalham nas instituições de saúde da cidade. "Alguns desses profissionais ainda não aderiram à greve e estamos trazendo o movimento para perto, como forma de incentivo."
Pereira comenta também que uma situação delicada vivida atualmente pela categoria refere-se à diferenciação salarial entre funcionários que exercem a mesma função. "Também estamos protestando contra a política de recursos humanos adotada pela atual administração estadual. Pessoas terceirizadas chegam a receber mais que nós, que somos concursados, para fazer o mesmo trabalho. Isto precisa ser regulamentado", explica.
Em Juiz de Fora, o movimento tem comprometido o funcionamento de alguns setores. De acordo com os sindicalistas, o Núcleo de Gestão Microrregional, a Vigilância Sanitária, o Núcleo de Atenção Primária à Saúde (Napres), o Núcleo de Atenção à Saúde (NAS) e o Laboratório Macro Regional estão totalmente parados. Outros departamentos, como de Imunização, de Epidemiologia, além dos setores de Finanças e Prestação de Contas, sofreram adesão parcial.
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Exigências
Os funcionários exigem da Secretaria de Saúde do Estado (SES) que haja acordo equivalente àqueles já formalizados com os demais servidores da categoria. Pereira explica que a SRS e a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) são os dois dos órgãos de saúde vinculados ao estado que ainda não foram beneficiados pelo governo após a greve dos servidores de saúde deste ano.
Entre as reivindicações está o pagamento do adicional de insalubridade para os trabalhadores; pagamento do benefício do vale-transporte para todos os trabalhadores da SES; reajuste do valor do benefício de tíquete-refeição; pagamento de 40% sobre o vencimento básico dos profissionais que exercem as funções técnicas de radiologia; pagamento do prêmio de produtividade a todos os servidores, inclusive os municipalizados; regulamentação em lei do cargo de Especialista em Políticas e Gestão da Saúde (EPGS), nos mesmos moldes do cargo de Especialista em Políticas e Gestão Governamental (EPGG); garantia do cronograma das reuniões na Mesa Permanente de Negociação do SUS; e inserção da gratificação complementar, nos mesmos moldes da existe na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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