Mudanças sempre geram desconforto
É evidente que a eleição atrapalha qualquer governo. Por isso, se discute tanto a validade da reeleição. Se ela não fosse permitida, certamente o prefeito poderia governar por quatro anos ou até cinco. Na verdade, o trabalho é feito em dois anos. O primeiro é uma espécie de ambientação, até porque se trabalha com o orçamento do antecessor, e no último a preocupação é com a reeleição, o que acaba trazendo prejuízos para o desempenho administrativo, já que boa parte do último ano é dedicado às articulações políticas e a campanha propriamente.
A Lei Eleitoral tenta amenizar essa situação, determinando um prazo menor para que os candidatos deixem a função pública. Mesmo assim, a descontinuidade é inevitável em secretarias importantes, embora exista sempre o compromisso em honrar o que o antecessor fez. Em Gaspar, a "dança das cadeiras" já começou. As mudanças na FMEL e Chefia de Gabinete não irão causar um impacto tão significativo, mas existem outros titulares que vão deixar seus cargos de olho na eleição. Na Secretaria da Educação, a titular já manifestou o desejo de concorrer a uma vaga à Câmara Municipal, assim como os secretários da Agricultura e Aquicultura, Assistência Social e da Saúde. Vamos torcer para que os escolhidos para estes e outros cargos tenham competência para dar continuidade ao trabalho realizado até aqui.