Planos de saúde em Juiz de Fora devem ficar mais caros com ampliação da cobertura
Repórter
Os planos de saúde de Juiz de Fora já preveem aumento dos custos a partir da implantação das novas regulamentações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em vigor desde o último dia 2 de janeiro. A ampliação da cobertura inclui uma lista de 37 medicamentos orais para o tratamento de câncer e 50 novos procedimentos como exames, consultas e cirurgia.
A Unimed de Juiz de Fora afirma que vem se preparando desde outubro para atender à ampliação da cobertura, buscando antecipar-se às regulamentações anunciadas pelo Ministério da Saúde e pela ANS àquela época. Em nota, a empresa alega que a inclusão dos novos procedimentos impactará nos custos assistenciais, "mantendo o esforço contínuo, no sentido de manter o equilíbrio". A Unimed considera que a revisão beneficia o cliente, por oferecer a possibilidade de parte dos pacientes serem atendidos em casa, sem necessidade de ir à clinicas e hospitais.
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Ainda de acordo com a operadora, a busca pelo equilíbrio é viabilizada pelo investimento em promoção da saúde e combate a doenças evitáveis. "Nossos programas visam evitar o agravo de doenças e a promoção da melhoria da qualidade de vida dos clientes. Para isso, eles contam com o suporte da rede e a assistência de uma equipe interdisciplinar, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicológicos, educadores físicos, fisioterapeutas, entre outros", completa.
Plasc estima custos adicionais em torno de 3 a 4%
O Plasc, plano de saúde da Santa Casa de Juiz de Fora, também já considera o aumento dos custos dos planos. "Infelizmente, com os custos adicionais em torno de 3 a 4%, haverá necessidade de aumentar o valor dos novos planos, assim como o reajuste dos planos empresariais também será maior", descreve em nota.
A operadora afirma que realizou contratos ou extensões de contratos para os novos procedimentos do rol da ANS. O Plasc afirma que já está disponibilizando os medicamentos orais para o tratamento do câncer, o exame Pet-Scan, consultas com fisioterapeuta, entre outros.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne operadoras de planos de saúde, já havia se pronunciado sobre o efeito sobre os custos, com previsão de crescimento das despesas das operadoras de saúde. Mas, de acordo com a federação, os impactos financeiros reais, no entanto, só poderão ser medidos a partir do próximo ano.
A ANS informa que a inclusão das novas coberturas é avaliada por um ano e, caso identifique impacto financeiro, este será avaliado no reajuste do ano seguinte, que é 2015. Pelas regras atuais, a ANS estabelece o reajuste apenas para os planos individuais e familiares e pode apenas sugerir o reajuste para os planos coletivos, que atendem a maior parte dos usuários.
42,5 milhões de usuários serão beneficiados
A revisão da lista mínima de procedimentos cobertos pelas operadoras é realizada a cada dois anos. A ampliação atual beneficia 42,5 milhões de consumidores com plano de saúde de assistência médica e mais 18,7 milhões com planos exclusivamente odontológicos, de acordo com a ANS.
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