Irlanda encanta pela natureza e pela cultura
A mineira Juliana Torres, que vive há oito meses no país europeu, revela, ainda, que a hospitalidade foi um dos pontos mais marcantes de sua viagem
Repórter
14/11/2012
A Irlanda é um país do continente europeu que ocupa cinco sextos de uma ilha com o mesmo nome, que fica no Oceano Atlântico. Considerado um país desenvolvido, tem o sétimo mais alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. Sua capital é Dublin e sua população é estimada em 4,58 milhões de habitantes. Um país não muito conhecido pelos brasileiros, mas que encantou a mineira, natural de Andrelândia, Juliana Torres.
Atriz e bailarina, Juliana reside há oito meses na capital da Irlanda. Atualmente, trabalha como professora de dança e faz parte dos grupos The Attic Studio e Exchange Words, ambos de pesquisa cênica. A atriz revela que o principal motivo que a levou para o país europeu foi a cultura. "Sempre fui apaixonada pela Irlanda, pela música e pela cultura celta. Então, aproveitei a oportunidade e me inscrevi em um curso para aprimorar o meu inglês."
A bailarina revela que já conheceu alguns lugares, mas que ainda há muitos por ver. "Quero conhecer Limerick, Waterford, Wexford, Kerry e Sligo no ano que vem, mas os locais que já tive a oportunidade de ver me encantaram profundamente. Um dos meus prediletos é a pequena cidade de Kildare, localizada no centro do país. Lá existem locais fantásticos, como o Irish National Stud, que é um museu lindo sobre cavalos; também tem o Kildare Village Outlet, que é um local excelente para compras; e o Brigid’s Well, que é um antigo santuário celta em honra a Brigid, Santa Brígida de Kildare ou Brígida da Irlanda."
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A natureza também é outra atração do país celta, como revela Juliana. "As montanhas são lindas. Em Wicklow, podemos ver a casa de Oscar Wilde. Lá foram gravados os filmes Coração Valente e P.S. Eu te amo. No local ainda tem o Glendalough, que é um monastério com lindas paisagens. Fiquei extasiada em Aran Islands. É impressionante ir a Dun Aengus, o mais famoso forte pré-histórico da Irlanda, com penhascos com mais de cem metros de altura. A vista é deslumbrante! Os muros que dividem as casas são de pedra por toda a ilha. Lindo de ver. Sem contar que os pubs ficam bem animados aos fins de semana."
A atriz ressalta que a hospitalidade é algo que também marca o povo irlandês. "Eles são educadíssimos. O respeito pelas pessoas foi o que mais me impressionou quando cheguei. Todos falam ‘por favor’, ‘obrigado’ e ‘desculpe’," releva Juliana, destacando uma semelhança entre o brasileiro o irlandês. "O povo é acolhedor e receptivo com os estrangeiros, assim como nós."
Juliana destaca que tanto em pequenos lugarejos, como em grandes centros urbanos, existe diversão para todos os gostos. "Kilkenny é uma cidade e muito acolhedora. Lá eu fui no Kilkenny Roots Festival 2012 e tive a oportunidade de assistir a vários shows, inclusive no Set Theatre. Foi muito bom. Neste local ainda tive a oportunidade de conhecer o Kilkenny Castle (foto acima), construído em 1195 por William Marshall, um monumento da ocupação Normanda no século XIII. Galway é outro local que impressiona, lá fui muito bem recebida. Tuam é outra cidadezinha muito acolhedora no oeste da Irlanda, com casas lindas, cheias de flores. Já em Cork, que é a segunda maior cidade da Irlanda, existem muitos museus, pubs e um observatório em Blackrock. Também tem o Pan Celtic Festival, que é um desfile de gaitas de fole e outras atrações celtas, na cidade de Carlow. Ou seja, cultura é o que não falta por aqui."
Sem data para regressar ao Brasil, Juliana revela que não se sente tão distante de seu país devido à comunidade de brasileiros existente na Irlanda. "A comunidade brasileira em Dublin é bem grande. Temos três mercados com produtos brasileiros, restaurantes e festas com bebidas e comidas típicas. Quando bate uma saudade, é fácil sair e encontrar um bom lugar para comer, beber e se divertir."
Sobre as dificuldades, a atriz diz que o clima e o idioma são os mais complicados, mas que a hospitalidade dos irlandeses ultrapassa qualquer dificuldade. "Apesar de eles falarem inglês, o sotaque irlandês não e fácil de entender, pois eles falam rápido e de uma maneira bem peculiar. O gaélico ainda é falado em vários locais, como por exemplo em Aran Islands. Uma forma de manter viva a cultura celta. Sobre o clima, confesso que no início foi um choque, porque quando saí do Brasil, em março, as temperaturas estavam bem altas, em torno dos 38 graus. E quando cheguei em Dublin, as temperaturas estavam em torno dos dois graus. Foi difícil, mas já me adaptei ao frio. A oportunidade de conviver com a cultura celta e com o povo está sendo uma experiência indescritível. É muito bom viver aqui."
Os textos são revisados por Juliana França
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