Artigo
S?ndrome do D?ficit de Aten??o

::: 17/09/2004

Foto ilustrativa Em conversas informais sobre educa??o de filhos ou comportamento infantil, habitualmente, s?o emitidos coment?rios sobre o comportamento de crian?as muito agitadas, que n?o conseguem ficar paradas, que mexem em v?rios objetos ao mesmo tempo, inclusive fora do ambiente dom?stico.

Al?m disso, os coment?rios costumam se estender ? inabilidade de certos pais em limitar os atos dos filhos. Entretanto, em alguns casos, esse tipo de comportamento infantil pode n?o ser derivado apenas da falta de educa??o, mas sim de um comprometimento neurol?gico denominado S?ndrome do D?ficit de Aten??o.

A S?ndrome do D?ficit de Aten??o (S.D.A.), como ? chamada atualmente, j? foi denominada, em meados de 1947, de Les?o Cerebral M?nima, e posteriormente, em 1962, de Disfun??o Cerebral M?nima e Hiperatividade. Ap?s estudos, a Associa??o Psiqui?trica Americana, segundo Christiane Ara?jo Angelotti (1996), prop?s uma nova denomina??o em 1980, utilizando o termo S?ndrome do D?ficit de Aten??o. A ado??o desse termo ocorreu para "englobar tanto a hiperatividade quanto outros sintomas e, tamb?m, por n?o se tratar de uma disfun??o propriamente dita e sim uma falta de matura??o do Sistema Nervoso Central que tende a amenizar com o passar dos anos", (Angelotti, 1996).

Foto ilustrativa A S.D.A. pode ser entendida como uma altera??o neurol?gica, destacando "a imaturidade neurol?gica difusa e a perturba??o quanto aos neurotransmissores qu?micos", (Angelotti, 1996). Os sintomas da S.D.A., entre outros englobam hiperatividade, incoordena??o motora e falta de equil?brio, dist?rbios da fala, al?m dos dist?rbios de comportamento.

A hiperatividade abarca uma atividade motora intensa incontrol?vel, al?m do excesso de atividade verbal e das id?ias, fazendo com que a crian?a n?o consiga se concentrar, distraindo-se com facilidade. Devido ? coordena??o insatisfat?ria e ? falta de equil?brio, as crian?as com S.D.A. costumam cair com freq??ncia, derrubar objetos ou esbarrar nas pessoas. Al?m disso, a crian?a com S.D.A. ? percebida com altera??o em sua sensibilidade, demorando a perceber alguma dor ou machucado quando se ferem, por vezes n?o identificando a ocorr?ncia do ferimento.

Devido aos dist?rbios da fala, a crian?a com S.D.A. demonstra atraso no desenvolvimento da linguagem, e posteriormente, gagueira. Dist?rbios de comportamento tamb?m s?o observados e, por vezes, s?o agravados em virtude da rejei??o social, pois essas crian?as s?o estigmatizadas como desajeitadas e inquietas. Vale citar, ainda, como sintoma da S.D.A., os dist?rbios de aprendizagem que costumam ocorrer devido ? dificuldade de concentra??o (Angelotti, 1996).

Foto ilustrativa No que se refere ?s formas de tratamento da S.D.A., Christiane Ara?jo Angelotti (1996) indica a associa??o do tratamento medicamentoso ? terapia interdisciplinar com psic?logos, fonoaudi?logos, psicomotristas, entre outros. Angelotti revela ainda que a terapia n?o medicamentosa precisa ter como objetivo o desenvolvimento da aten??o e concentra??o da crian?a. Para que esse objetivo seja alcan?ado ? necess?rio que o terapeuta tenha alguns cuidados como: a quantidade de est?mulos presentes na sala de terapia, o n?mero de est?mulos apresentados para a crian?a, o interesse dela na atividade proposta e o tempo de dura??o da terapia.

Por fim, cabe enfatizar a import?ncia da interven??o dos pais junto ? crian?a com S.D.A.. ? preciso que os pais saibam lidar com seus filhos portadores de S.D.A. sem se tornarem displicentes ou autorit?rios demais. ? bom lembrar, tamb?m, que nem toda crian?a que apresenta alguns dos sintomas revelados como comuns ? S.D.A. seja portadora dessa s?ndrome. Outros fatores podem estar desencadeando comportamentos inadequados, como quest?es emocionais isoladas ou simplesmente falta de educa??o adequada dispensada pelos pais ou educadores.


Denise Mendon?a de Melo
? psic?loga, formada pelo
Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora.
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Sobre quais temas (da ?rea de psicologia) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? A psic?loga Denise Melo aguarda suas sugest?es no e-mail viver_psique@acessa.com.


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