A Banda Daki retoma a folia de Rua neste domingo (18), ainda sob o impacto da partida de José Carlos Passos- Zé Kodak- que faleceu em fevereiro de 2021. Diferente não só pela ausência de seu 'general', a quem a atração que figura entre as mais tradicionais do município reverencia, mas também pelo formato. A Banda Daki em 2023 permanecerá concentrada no Largo do Riachuelo, em função da homenagem inaugurada pela Prefeitura de Juiz de Fora, nessa sexta-feira (17), uma estátua de metal do artista Yure Mendes.
"Como é o sonhado pelo Zé Kodak, meu tio, o desfile de 50 anos da banda. Decidimos não sair pela Rio Branco dando as costas para a estátua. Decidimos ficar com ele (a homenagem) durante todo o período da festa. Um ato de respeito e reconhecimento para uma das pessoas mais importantes do carnaval de Juiz de Fora", diz o sobrinho, Luís Gustavo Passos, que encara a missão de dar continuidade ao legado de Zé.
"O meu desejo é apenas representar nosso general, jamais de substituir. Longe disso. Como ele era praticamente meu pai, acho que ele estaria orgulhoso de ver eu fazer o que ele mais gostava. Mesmo não sendo do meio e aprendendo bastante. Lembrando que ano que vem a banda será mais forte e o desfile será até a Catedral", adianta Luís Gustavo.
Para ele, a expectativa para o dia da Banda é sempre positiva. Ele ressalta que, até o momento, não ocorreram confusão em outros blocos. "Só alegria, descontração e energia positiva. O povo estava com essa demanda reprimida. Principalmente o carnaval de Juiz de Fora que passou da hora de ser um atrativo turístico para nossa cidade. Precisamos é desenvolver mais e principalmente apoio do poder público", reflete.
Reverenciar o amor de Zé Kodak pelo carnaval e a forma como ele marcou a cidade por meio dessa paixão é o que conduzirá a folia no Largo do Riachuelo. "O momento será emocionante para mim. Pois a melhor lembrança que tenho do meu tio é nos momentos que ele estava na banda. Ele vivia por ela. Trabalhava no balcão 365 dias por ano por ela".
Zé Kodak assumiu o comando da Banda Daki em 1978, seis anos depois da data de criação do Bloco, uma reunião de amigos que se inspirou na Banda de Ipanema e formou a Banda de São Roque. Mais adiante, o bloco seria renomeado. Em 2004 tornou-se um bem imaterial do município e a intenção é que siga reunindo uma multidão de foliões, entre a Capela de São Roque e a Catedral Metropolitana, no Centro.
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