Bolsonaro 'é o mal' e momento é mais crítico que Diretas Já, diz Casão

Por ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER

FOLHAPRESS - O presidente Jair Bolsonaro "tem total razão quando diz que temos uma luta do bem contra o mal", diz o ex-futebolista Walter Casagrande Júnior, um dos signatários presentes no ato da USP. "Mas o mal é ele."

Uma das personalidades mais assediadas para fotos, Casão diz que estava no palanque das Diretas Já, que pediu eleições diretas num Brasil ainda imerso na ditadura militar, em 1984. "Acho este momento mais crítico", afirma sobre a escalada golpista no discurso de Bolsonaro e asseclas.

Assim o considera por termos no poder, segundo ele, "um cara que espalhou o ódio pelo país".

Para o ex-jogador, que fez parte da Democracia Corintiana, a reação do presidente à carta que será lida nesta quinta (11) mostra que ele sentiu o calo pisado. E se é a favor da democracia, como diz ser, "por que chama a gente de mau caráter e cara de pau?".

"A carta é como se fosse uma luta de boxe", afirma Casão. "Ele tomou soco bem forte e não sabe como sair da corda."