Dois homens são indiciados por assédio sexual, importunação e estupro em Juiz de Fora
Após apurações, Polícia Civil concluiu o inquérito. Crimes aconteceram na UFJF
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta terça-feira (25), o inquérito que apurou um suposto caso de assédio sexual ocorrido na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os dois investigados foram indiciados.
A denúncia, feita por um sindicato, dava conta que oito mulheres de uma empresa terceirizada, que prestam serviços para a instituição, teriam sido vítimas de abuso por funcionários da universidade.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Alessandra Azalim, que responde pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, entre os crimes cometidos pelos indiciados estão o de assédio sexual, importunação e estupro.
O caso foi remetido para à Justiça.
Por meio de nota, a UFJF se posicionou, dizendo que tomou conhecimento do indiciamento, pela Polícia Civil. Sobre o assunto, a instituição esclarece que há dois trâmites processuais independentes: o judicial e o administrativo.
No âmbito administrativo, que concerne à Universidade, antes mesmo da manifestação do Sindicato, a UFJF já havia instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os envolvidos e produzido provas como a tomada de depoimentos e colhido provas documentais. Todo material foi enviado pela UFJF à Polícia Civil, à Delegacia da Mulher, ao Ministério Público do Trabalho e à Polícia Federal.
Os servidores indiciados no PAD, conforme a UFJF, já apresentaram defesa escrita, que se encontra em fase de análise da Comissão Processante. No máximo na próxima semana, a Comissão Processante apresentará o seu Relatório Conclusivo, que será encaminhado à Procuradoria Federal para parecer jurídico sobre a regularidade dos trâmites processuais e, depois, enviado ao Reitor para decisão. Ainda segundo a instituição, será solicitada prioridade à Procuradoria para apreciação do processo.
"Reiteramos que o inquérito policial ou eventual processo judicial correrá em suas instâncias competentes e o PAD, no âmbito da UFJF, não havendo relação direta entre eles, a não ser a colaboração sobre as provas colhidas", afirma a nota.
Por parte da Ouvidoria Especializada da UFJF, que presta acolhimento às vítimas, a UFJF informou que elas continuam sendo acompanhadas e orientadas, de acordo com suas demandas individuais. "A instituição reforça seu compromisso com a justiça, a transparência e condena qualquer prática de violência contra as mulheres."