Projeto acolhe demandas da população e realiza intervenções na cidade

Mergulhão foi um dos pontos de alteração promovidos pelo grupo a partir de disciplina

Por Renan Ribeiro

Intervenções no Mergulhão

O JF da Solução surgiu da união entre inscritos na disciplina Mediação Comunitária, oferecida pela UFJF, que são  estudantes e técnicos-administrativos em Educação (TAEs) e outros interessados em arregaçar as mangas, pensar e propor soluções e modificar o que incomoda e traz risco para comunidades, a partir da escuta ativa do anseio das pessoas. A primeira ação foi pensada a partir do entorno do prédio no qual fica a Associação Cultural Ítalo Brasileira Anita Garibaldi, que fica no Mergulhão. O grupo identificou a necessidade de garantir a segurança, não só no espaço ocupado pela entidade, como também em todo o Mergulhão.


O projeto é a junção dos anseios de associações, empresas, moradores e a vontade de profissionais em colaborar para a construção de um espaço urbano cada vez melhor. Com base na disciplina ministrada pelo professor da Faculdade de Direito, Fernando Guilhon, aberta em 2022, o grupo busca atuar junto às comunidades, com o objetivo de promover autonomia e capacitação para que lideranças comunitárias. Com a intenção de ouvir ativamente as necessidades da população, compreender contextos e colaborar para a transformação das demandas em ações.

A ideia é atuar com as comunidades, para que os líderes sejam capacitados para articular as melhorias que almejam perante órgãos públicos e governamentais. Com a orientação do docente, os participantes buscaram a população para entender melhor a realidade do local e acolher as demandas que ela trazia.
Conforme a estudante de Direito, Renata Almeida, em janeiro de 2023, ocorreu um encontro com moradores, trabalhadores e pessoas que acessam o Mergulhão com frequência, além do presidente da Casa Anita Garibaldi. O projeto, no entanto, não se resume aos estudantes da disciplina. Além do Mergulhão, a iniciativa possui outras frentes. “Nessa oportunidade, os alunos montaram uma nuvem de palavras com as maiores necessidades apontadas pelos moradores e comerciantes. Dentre elas, posso destacar a segurança, a acessibilidade, a iluminação e a cultura”, narra Renata.

Ela explica que as ações têm três pilares: arte, mobilidade e segurança. “Apesar disso, nós sempre buscamos identificar as necessidades e respeitar a autonomia das comunidades, apenas auxiliando e estimulando a construção de soluções consensuais e benéficas para todos.” Renata ainda narra que, quando o professor Guilherme mostrou o projeto de revitalização para a comunidade do Mergulhão, por exemplo, deixou bem claro que estava apenas apresentando ideias que deveriam ser discutidas por todos, de forma a construir conjuntamente o que seria melhor para a região.

A meta do projeto é atrair interessados para cooperar com outros projetos coletivos de melhoria do bem estar social em outros pontos específicos do nosso município, com foco na autonomia comunitária, empoderamento e mobilização, identificação de necessidades coletivas por meio de rodas de conversa e construção de soluções autônomas e duradouras. As soluções se concentram nos eixos: segurança, mobilidade e arte. Os interessados podem fazer contato por meio da rede social do projeto.

No dia 20 de maio foi realizado um evento que contou com uma palestra sobre reciclagem do óleo de cozinha e uma apresentação dos arquitetos Guilherme Hallack e Pedro Barroso sobre o projeto de requalificação urbana do Mergulhão. Houve um debate sobre o projeto após a fala dos profissionais e, para incentivar e mostrar formas de ocupação para o espaço, houve apresentação do Projeto Arte na Luta e uma confraternização com o Forró na Praça JF. As alterações já podem ser conferidas no local.