O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou na manhã desta terça (18) uma operação para desarticular e encerrar atividades ilícitas praticadas por uma organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro provenientes do tráfico de drogas, além de crimes como agiotagem e extorsão, em Juiz de Fora e Anchieta, no Espírito Santo.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão, além de medidas de sequestro e indisponibilidade que ultrapassam R$ 16 milhões.
Dentre os alvos da operação estão dez suspeitos que foram denunciados pelos crimes de agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora, responsável pelas ordens judiciais que estão sendo cumpridas na operação.
A investigação teve início a partir de representações feitas pela Polícia Militar de Minas Gerais, uma vez que dentre os alvos estão agentes de segurança pública diretamente envolvidos com os crimes.
As provas arrecadadas ao longo da conforme o MPMG, a investigação demonstra a estreita relação dos denunciados com grandes traficantes de drogas de Juiz de Fora.
O dinheiro proveniente do tráfico de drogas era repassado para pessoas jurídicas de fachada (empresas financeiras e de empréstimos), que por sua vez emprestavam esse dinheiro para clientes/consumidores de menor renda por meio da cobrança de juros abusivos, que chegavam a mais de 20% ao mês.
Quando os clientes atrasavam os pagamentos, eram submetidos a ameaça e violência, nas quais o grupo deixava claro que o dinheiro pertencia ao tráfico de drogas.
Ao longo da investigação ocorreram dois homicídios relacionados direta e indiretamente aos integrantes da organização criminosa, os quais podem estar relacionados aos fatos denunciados.
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Agiotagem | Crime organizado | Ministério Público
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